segunda-feira, 1 de março de 2010

O FAZ-DE-CONTA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

O ano letivo efetivamente iniciou-se hoje, dia em que os alunos retornaram à escola. Entretanto, os investimentos necessários por parte do governo estadual e municipal ficam a dever, e muito , para tornar possível a educação pública, gratuita e de qualidade que defendemos.
Os únicos verdadeiramente comprometidos com a educação são os profissionais de educação, que no peito e na raça, conseguem promover a aprendizagem no interior da sala de aula, a despeito de todas as dificuldades impostas por aqueles que não tem a educação como prioridade, ou seja, os governantes.
O ano começa com escolas funcionando em prédios insalubres, com falta de material escolar, com o professor mal remunerado, já extressado por um turbilhão de desafios que os aguarda em mais um ano letivo em que nenhuma mudança ocorreu.
Ainda pior é saber que, 2010 é um ano eleitoral e que não tardará a surgir os que se dizem os "salvadores da educação pública", porque a mãe, a avó, etc, foram professores e que por isso...blá, blá ,blá...
O que devemos exigir hoje de quem está ocupando um mandato, conferido pelo voto popular, seja na esfera estadual, municipal ou federal é que, façam o seu dever de casa. Respeitem e defendam a educação pública. Não se trata de favor. Cumprir um preceito constitucional é uma obrigação, um dever.
Nós professores e a sociedadee em geral, precisamos estar atentos e cobrar dos governantes que a educação pública deixe de ser tratada como um faz-de-conta.
A Profª Luciana publicou em seu blog um artigo que ilustra com fidelidade a dura realidade da educação pública municipal, cujo trecho está transcrito abaixo:

"Mais um ano letivo inicia-se e assim como o ano anterior, que não contou com incêndio no departamento de materiais, 2010 também começa de forma precária na rede pública.
Os materiais ainda não chegaram às unidades, essa não é a realidade apenas das escolas mais afastadas do centro, mas é uma situação que engloba as unidades “bem localizadas”, inclusive nas proximidades da SMEC. Não que estas últimas mereçam prioridade por sua localização, mas foram muitas vezes chamadas de escolas- pólo.
Podem existir aquelas unidades escolares que, ao receber a mídia local, tinha material didático disponível, no entanto não é o caso das que não foram “contempladas” com matéria em programas de TV.
A culpa é do incêndio, da burocracia, da arrumação da casa.
E o Sistema Expoente?
Depois da contratação do referido sistema por quase 5 milhões, onde estão os livros que seriam oferecidos aos alunos da educação infantil, 1º ano do ensino fundamental e EJA?
Apenas os professores receberam um único livro, o livro do professor acompanhado de algumas idéias engessadas."
(...)

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