O general francês Paul Aussaresses,
promotor do uso da tortura na guerra colonial da Argélia, foi adido
militar no Brasil entre 1973-1975 e instrutor no Centro de Instrução de
Guerra na Selva (CIGS), em Manaus, criado por oficiais brasileiros
formados na não menos famosa Escola das Américas. Amigo do ditador João
Figueiredo e do delegado Sérgio Fleury, Aussaresses já admitiu em livros
e entrevistas a morte de um mulher sob tortura em Manaus, que teria
vindo ao Brasil para espionar Figueiredo, e que a ditadura brasileira
participou ativamente do golpe contra Allende. O artigo é de Eduardo
Febbro.
Eduardo Febbro – Paris
22.7.2012
Paris - “A tortura é eficaz, a maioria
das pessoas não aguenta e fala. Depois, da maioria dos casos, nós os
matávamos. Por acaso isso me colocou problemas de consciência? Não, a
verdade é que não”. O autor dessa “confissão” é uma peça-chave da
estratégia repressiva de prisões, torturas e desaparecimentos aplicada
no sul da América Latina a partir dos anos 70. Trata-se do general
francês Paul Aussaresses, ex-adido militar francês no Brasil
(1973-1975), chefe do batalhão de paraquedistas, ex-combatente na
Indochina, ex-membro da contra espionagem francesa, herói da Segunda
Guerra Mundial, fundador do braço armado dos serviços especiais,
promotor do uso da tortura durante a guerra colonial na Argélia e,
sobretudo, instrutor das forças especiais norte-americanas em Fort
Bragg, o famoso centro de treinamento da guerra contra insurgente, e no
Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus, criado por
oficiais brasileiros formados na não menos famosa Escola das Américas,
onde se formaram todos os militares latino-americanos que cobriram de
sangue os anos 60, 70 e 80.
Paul Aussaresses é uma das espinhas
dorsais da exportação da tortura e dos desaparecimentos, dois modelos
herdados da guerra da Indochina a da Argélia e difundidos depois em todo
o continente americano por um compacto grupo de oficiais francesas do
qual Aussaresses foi um dos mais ativos representantes. Paul Aussaresses
abriu muitos de seus segredos em várias ocasiões: em 2000, em uma
explosiva entrevista publicada pelo Le Monde, onde reconheceu o uso da
tortura; em três livros, “Não disse tudo, últimas revelações a serviço
da França” (2008), “Serviços especiais, Argélia 1955-1957, meu
testemunho sobre a tortura” (2001), “Por França, serviços especiais
1942-1954” (2001); e ainda em um documentário filmado em 2003 por
Marie-Monique Robin, “Esquadrões da Morte, a escola francesa” (ver vídeo
acima).
O fio condutor desta internacional da
tortura da qual Aussaresses é um dos braços começa na Indochina, segue
na Argélia e termina com o Plano Condor, cuja gestação, através de uma
longa série de reuniões entre os militares da América do Sul e os
instrutores franceses, se gestou entre 1960 e 1974. Sua primeira
estrutura se chamou Agremil. O general francês expandiu pelo mundo os
ensinamentos de um dos papas da guerra moderna: o tenente coronel Roger
Trinquier, o maior teórico da repressão em zonas urbanas: torturas,
incursões noturnas, desaparecimentos, busca da informação por todos os
meios, operações de vigilância, divisão das cidades em zonas
operacionais.
Em seus anos de adido militar no Brasil,
Paul Aussaresses foi, segundo suas próprias palavras, um “bom amigo” de
João Baptista Figueiredo, ex-ditador e ex-chefe dos serviços secretos, o
SNI, e também de Sérgio Fleury, chefe dos “esquadrões da morte”.
Em seu período como instrutor no CIGS,
em Manaus, ensinou aos oficiais brasileiros e latino-americanos que
faziam formação ali tudo o que havia feito na Argélia. Segundo o general
francês o embaixador francês daquela época, Michel Legendre, estava
perfeitamente a par do que ele fazia em Manaus.
Segundo precisou Aussaresses, no CIGS se
formaram “oficiais brasileiros, chilenos, argentinos e venezuelanos
porque era um centro único na América Latina”. Como prova disso, no
documentário de Marie-Monique Robin “Esquadrões da Morte, a Escola
Francesa”, o chileno Manuel Contreras, chefe da DINA, reconheceu ter
enviado a cada dois meses contingentes inteiros de agentes da DINA para o
centro de treinamento brasileiro em Manaus. Paul Aussaresses também
trabalhou na Escola de Inteligência de Brasília, onde formou muitos
oficiais.
Entrevistado pela Folha de São Paulo em
2008, o general se mostrou mais loquaz do que quando o juiz francês
Roger Leloir o interrogou a propósito de seu conhecimento do Plano
Condor e das atividades dos conselheiros militares franceses na
Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Na entrevista à Folha de São
Paulo, Aussaresses reconhece que o Brasil participou ativamente do golpe
militar contra o presidente chileno Salvador Allende mediante o envio
de armas e aviões. Também evoca o que já havia contado em seu último
livro, “Não disse tudo, últimas revelações ao serviço da França”, a
saber, a morte sob tortura, em Manaus, de uma mulher que, segundo João
Figueiredo, havia vindo ao Brasil para espioná-lo. O general francês
assegura que a morte daquela mulher foi “um ato de defesa”.
Para Aussaresses, “a tortura se
justifica se pode evitar a morte de inocentes”. Aussaresses não foi o
único militar de alta patente que confessou o recurso sistemático da
tortura durante a guerra colonial da Argélia e, particularmente, no que
ficou conhecido como “A Batalha de Argel”. Esses episódios de tortura
foram amplamente narrados pelo jornalista e político franco-argelino
Henri Alleg em vários livros, entre eles “Guerre d’Algérie: Mémoires
parallèles”. O que Alleg conta ocorreu quando o general Jacques Massu
foi enviado para a Argélia e começou a aplicar a estratégia do terror.
Massu foi o segundo oficial a confessar o que mais tarde se expandiria
pelo sul da América.
Tradução: Katarina Peixoto
A batalha de Argel na América do Sul
Os choques elétricos, os métodos de
interrogatórios, os sequestros em plena noite, a tortura sistemática, a
guerra psicológica, os desaparecimentos e os voos da morte são técnicas
que foram transmitidas pelos oficiais franceses aos militares
sulamericanos. O cérebro destas doutrinas foi o coronel Roger Trinquier
(foto). Professor na Escola das Américas dos EUA, Trinquier é o maior
ideólogo francês da guerra suja cujo lema principal, a partir dos anos
50, foi que “a tortura é um elemento importante na guerra moderna
contrarrevolucionária”. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.
Eduardo Febbro – Paris
21.7.2012
Paris - “Uma vez na habitação e com a
ajuda dos oficiais, agarramos Bem M’Hidi e o penduramos de tal maneira
que pudesse parecer um suicídio”. A prosa do veterano general Paul
Aussaresses não brilha pela originalidade, mas sim por sua precisão
quando descreve as múltiplas ações ilegais que ele e seus homens
protagonizaram na Argélia. A cena exposta aqui detalha o assassinato de
um dos responsáveis do FLN argelino e não é mais que uma gota d’água na
extensa descrição dos assassinatos premeditados organizados por oficiais
do exército francês: torturas, execuções sumárias, assassinatos
disfarçados de suicídios, matança de civis e utilização de helicópteros
para jugar pessoas detidas com vida na Baía de Argel são moeda corrente
ao longo de seu livro “Serviços Especiais, Argélia 1955-1957”.
O militar francês foi julgado por
apologia da tortura. Sua história, sua passagem pelo Centro de Instrução
de Guerra na Selva (CIGS) de Manaus como instrutor se nutrem de um
passado, de duas guerras, Indochina e Argélia, e de quatro personagens
centrais que, a partir de meados dos anos 50, alimentaram com suas
teorias contrarrevolucionárias os militares da América do Sul. O
“ensino” começou na Argentina a partir dos anos 50. O primeiro contato
entre os exércitos da França e da Argentina ocorreu no ano seguinte à
queda do general Perón, em 1957. O coronel argentino Carlos Rosas,
recém-egresso da Escola de Guerra de Paris, posteriormente subdiretor da
Escola de Guerra de Buenos Aires, criou um ciclo de estudos sobre “a
guerra revolucionário comunista”. Foi neste marco que chegaram a
Argentina os tenentes coronéis François-Patrice Badie e Patrice de
Naurois.
Uma nota do futuro chefe da Polícia
Federal argentina sob a ditadura de Videla, o general Ramón Camps,
ilustra a importância dos dois visitantes: “seus cursos – escreve Camps –
estavam diretamente inspirados na experiência francesa na Indochina e
aplicada neste momento na Argélia”.
Em setembro de 1958, o ministro francês
da Defesa, Pierre Guillaumat, autorizou que 60 soldados argentinos que
haviam seguido esses cursos especiais fossem a Argélia, em plena guerra,
em “viagem de estudos”. Outros 60 soldados viajaram no mesmo ano com
destino a Paris e, em 1960, a cooperação entre exércitos deu lugar à
criação de uma missão militar francesa permanente na Argentina. Composta
por três oficiais superiores, sua missão consistia em “aumentar a
eficácia técnica e a preparação do exército argentino”.
Nesse mesmo ano, Pierre Messmer,
ministro da Defesa, enviou a Buenos Aires o chefe do Estado Maior do
Exército, general André Demetz, e o coronel Henri Grand d’Esson. D’Esson
é um personagem chave: foi que ele que realizou na Escola de Guerra de
Buenos Aires a célebre conferência na qual descreve cada um dos aspectos
da guerra subversiva e, sobretudo, o papel central do exército no
controle “social da população e na destruição das forças
revolucionárias”. Esse texto de 22 páginas foi publicado sob o título
“Guerra Subversiva” na Revista da Escola Superior de Guerra, nº 338,
Julho-Setembro de 1960. Todas essas ideias, viagens e experiências
trocadas desembocarão numa espécie de cooperação continental baseada na
dupla experiência dos franceses e dos argentinos.
Assim, em julho de 1961, o general
Spirito, chefe do Estado Maior argentino, propôs a seus colegas da
Conferência dos Exércitos da América a criação de um Curso
Interamericano de luta antimarxista que seria ministrado por um ex-aluno
argentino da Escola de Guerra de Paris, o coronel López Aufranc. Um
total de 39 oficiais, representando 13 países, incluindo os EUA,
assistiram a esses cursos. Em uma mensagem enviada à chancelaria
francesa, o embaixador francês na Argentina explica: “cabe assinalar a
presença de militares norteamericanos em um curso onde se deu um espaço
importante ao estudo da luta anti-marxista em um espírito e segundo os
métodos baseados na experiência do exército francês”.
Daí ao Plano Condor há uma rota sem
obstáculos na qual se mesclam Videla, presente às aulas onde estavam os
instrutores franceses, e o plano Conintes (Comoção interna do Estado).
Entre 1963 e 1973 houve uma interrupção na colaboração francesa mas esta
foi retomada a pedido dos argentinos.
Nos anos 70 abre-se um novo capítulo. A
França mandou a Buenos Aires o coronel Pierre Servant, ex-comandante da
Indochina e da Argélia, especializado em “interrogatórios”. Em abril de
1974, Servant se encontrou em Buenos Aires com um dos atores do golpe de
76, o tenente coronel Reynaldo Bignone. Servant, que negou quase todos
os fatos quando a justiça francesa o interrogou há alguns anos,
trabalhou no Escritório nº 3, situado no 12º andar do quartel general do
Exército argentino e deu cursos nessa sede e nas províncias. Sem
ligações com a embaixada francesa, Servant estava vinculado ao
Secretariado Nacional da Defesa Nacional (SGDN), organismo controlado
então pelo novo primeiro ministro e ex-presidente francês Jacques
Chirac.
Bussi, Videla, Bignone, Vilas,
Harguindeguy, todos estiveram em contato com Servant, beberam a cultura
da tortura francesa e absorveram os livros teóricos de Trinquier como se
fossem água benta. Servant deixou a Argentina em outubro de 1976,
Aussaresses foi para o Brasil em pleno golpe de Estado.
O Plano Condor já estava em marcha. Uma
nota de Henry Kissinger (ex-secretário de Estado dos EUA) distribuída
nas embaixadas norte-americanas da Europa adverte que o grupo “murder”
(assim era denominado o Plano Condor) operaria na velho continente,
especialmente em Paris. A sede argentina do dito plano, o Centro Piloto,
estava localizada no nº 83, da Avenida Henry Martin.
O cérebro destas doutrinas é o coronel
Roger Trinquier. Professor emérito na Escola das Américas dos EUA,
Trinquier é o maior ideólogo francês da guerra suja cujo sermão
principal foi assegurar a partir dos anos 50 que “a tortura é um
elemento importante na guerra moderna contra revolucionária”. A maior
parte da estrutura “anti-revolucionária” foi elaborada por Trinquier. Os
historiadores da Guerra da Argélia e da Indochina, que estabeleceram os
nexos entre as práticas aplicadas durante esses conflitos e as que se
viram depois na Argentina, Uruguai, Chile e Brasil tiram uma clara
conclusão: o aperfeiçoamento do choque elétrico, a radiografia das
agendas dos detidos, os sequestros em plena noite, a tortura
sistemática, a guerra psicológica, os desaparecimentos, o uso de
arquivos e os voos da morte são técnicas transmitidas pelos oficiais
franceses.
Em um artigo de 4 de janeiro de 1981,
publicado pelo diário argentino La Prensa, o general Ramón Camps
assegurou que essas missões e cursos começaram “sob a direção dos
tenentes coronéis Patrice de Naurois e François-Pierre Badie”. Aquelas
sessões serviram para transmitir as experiências dos oficiais franceses
nas guerras da Indochina e da Argélia. Os documentos existentes provam
que esses ensinamentos se baseavam essencialmente nos trabalhos escritos
por outro militar francês que confessou a prática da tortura na
Argélia, o general Massu. O essencial, porém, foi “ensinado” pelo
general Salan e, sobretudo, pelo tenente coronel Roger Trinquier.
Uma nota do general Massu, com data de
19 de março de 1957, argumenta em defesa de um dos princípios aplicados
depois pelas ditaduras militares da América do Sul: “não se pode lutar
contra a guerra revolucionária e subversiva protagonizada pelo comunismo
internacional e seus intermediários com os procedimentos clássicos de
combate. É preciso utilizar métodos e ações clandestinas e
contrarrevolucionárias. É preciso que esses métodos sejam admitidos com a
alma e nossas consciências como necessários e moralmente válidos”. Essa
é a parte mais “filosófica” do “combate” contrarrevolucionário. A
definição da ação prática corresponde a Trinquier, redator de números
manuais militares difundidos na Argentina.
O tenente coronel Trinquier é o
“organizador do conceito de guerra moderna”. Essa guerra se articula em
torno de três eixos: a clandestinidade, a pressão psicológica e a
moralidade estrita. Se se observam os dispositivos técnicos aplicados na
Argélia, em seguida pode-se “ler sua tradução” na Argentina, Chile,
Uruguai, Paraguai e Brasil. Trinquier inventou um sistema de busca da
informação conhecido na França como Destacamentos Operacionais de
Proteção (DOP). Esse mesmo sistema foi adotado na Argentina mediante as
forças tarefa. O leitor não pode senão assombrar-se com as semelhanças
entre os DOP e as forças tarefa. Os DOP tinham a tarefa de interrogar os
detidos argelinos e utilizavam a tortura. Eles arrancavam informação
sobre a organização político-administrativa dos rebeldes e realizavam a
prisão e a eliminação dos suspeitos em lugares ocultos. Essas mãos das
sombras que foram as forças tarefa se inspiraram técnica e
operacionalmente em todo o aparato repressivo dos DOP franceses.
Na Argélia, Trinquier elaborou a
“doutrina da clandestinidade” que mais tarde causaria estragos durante
os golpes de Estado na América do Sul: repressão baseada no ocultamento
dos centros de detenção, desaparecimento de pessoas e eliminação dos
corpos. O recurso a pessoal militar trajado como civis em comandos que
percorriam à noite os centros urbanos em busca de vítimas ou de
suspeitos para torturar é uma técnica implementada em Argel pelo general
Aussaresses e Massu que foi importada para a Argentina por meio das
missões de Patrice de Naurois e François-Pierre Badie, Trinquier
teorizou por escrito sobre as bases da guerra suja e seus “manuais” se
tornaram palavra sagrada nas academias nacionais.
O cronograma das missões francesas à
Argentina permite situar com exatidão que foi a ditadura de Onganía a
que começou a se alimentar com esses ensinamentos. Um testemunho direto
do general Campos demonstra a “irmandade” técnica e moral que existia
entre o corpo de oficiais argentinos e os “missionários” que vinham de
Paris com a mala repleta de métodos para matar. No mesmo artigo citado
anteriormente (4 de janeiro de 1981), Camps declarou, como uma forma de
homenagem: “Na Argentina primeiro recebemos a influência francesa,
depois a norte-americana. Aplicamos as duas respectivamente de maneira
separada e depois conjunta tomando os conceitos de ambas até que a
norte-americana predominou. Mas é preciso dizer que a concepção francesa
era mais exata que a norte-americana. Esta última se limitava quase
exclusivamente ao aspecto militar enquanto a francesa consistia em uma
visão global”.
As metodologias se alimentam umas das
outras. O general francês Paul Aussaresses foi instrutor militar na base
norte-americana de Fort Bragg, Carolina do Norte, a escola dos
paraquedistas norte-americanos onde se treinavam as “forças especiais”
antes de elas irem para o Vietnã. Um texto ilustrativo escrito pelo
coronel francês Henri Grand D’Esnon e destinado exclusivamente às forças
armadas argentinas permite compreender como se elaboraram as bases
“práticas” para que os generais argentinos incluíssem na vida civil.
Gran D’Eson afirma que “a destruição da organização
político-administrativa revolucionária corresponde à polícia, mas o
exército deve apoiar essa ação toda vez que os métodos da polícia
resultarem insuficientes, situação que se produz frequentemente quando a
subversão se generaliza” (trecho de “A Guerra Subversiva”, artigo
publicado na Revista da Escola Superior de Guerra, nº 338,
Julho-Setembro de 1960).
O general Aussaresses reconheceu que
ensinou “a tortura e as técnicas de interrogatório da Batalha de Argel”
aos militares brasileiros e também norte-americanos. Isso ocorreu na
época em que ele era professor em Fort Bragg. Nesse quartel geral dos
Estados Unidos, Aussaresses conheceu o coronel Carl Bernard, a quem
mostrou um rascunho do livro do coronel Trinquier, “A Guerra Moderna”.
Bernard e Aussaresses resumiram o livro e o enviaram a Robert Komer, um
agente da CIA que será nomeado conselheiro do presidente norte-americano
Lyndon Johnson durante a Guerra do Vietnã. Segundo o coronel Bernard,
Komer montou a operação Fênis a partir do resumo do Manuel de Trinquier.
A Operação Fênix foi lançada no Vietnã no final dos anos 60: seus
métodos são os mesmos que foram empregados depois na Argentina, Chile,
Uruguai e Brasil.
Tradução: Marco Aurélio Weissheimer
http://www.youtube.com/watch?&v=ZiWa9caAhdwhttp://www.cartamaior.com.br
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