quarta-feira, 31 de março de 2010

NOTA SOBRE CUBA

Reconoce EEUU que favorece uso de redes sociales en Irán, Sudán y Cuba para subvertir sus gobiernos

Marzo 2010

Adam Szubin, director de la Oficina de Control de Bienes Extranjeros (OFAC, por su sigla en inglés) del Departamento del Tesoro, que vela por el cumplimiento de sanciones estadounidenses contra Estados, empresas y personas, dijo hoy en una conferencia de prensa que su país está aplicando un sistema de “sanciones inteligentes”, que ayudarían más al Gobierno estadounidense en sus metas de fomentar la “libertad y democracia” en países como Irán, Cuba y Sudán.

El funcionario norteamericano dijo que la semana pasada Washington ajustó su régimen de sanciones contra estos tres países para permitir exportar sus productos a empresas estadounidenses de servicios y sistemas relacionados a la comunicación personal a través de internet.

“Es exactamente lo que pienso que OFAC necesita hacer, no simplemente identificar nuevos objetivos o endurecer sanciones, sino también suavizar las sanciones cuando pueden avanzar nuestras metas de política exterior“, dijo Szubin en un discurso en una conferencia sobre lavado de dinero en Hollywood, Florida.

El funcionario citó el crecimiento durante el año pasado en el uso de los sitios sociales y de internet por parte de opositores al Gobierno de Irán, para difundir sus actividades contra el Gobierno.

Szubin señaló que esta actividad, hecha con herramientas como los sitios Twitter, Facebook y mensajes instantáneos, eliminó dudas “de que los sistemas de comunicación personal y su extendida disponibilidad favorecerían un cambio democrático en algunos de los regímenes más opresivos de la Tierra”.

“Entonces estamos haciendo nuestra parte (…), abrir ese mundo al pueblo de Irán, al pueblo de Cuba y al pueblo de Sudán”, declaró Szubin.

(Con información de Reuters)

segunda-feira, 29 de março de 2010

DEBATE NA RÁDIO CULTURA

Hoje às 11 horas estaremos, eu, o prof. Amaro Sérgio e Renato Gonçalves, participando de um debate sobre Educação na Rádio Cultura.
Vale conferir!!!

DO CENTRO DE MÍDIA INDEPENDENTE (CMI)

Depoimento de um brasileiro que viveu três anos em Cuba
Por Gulherme Soares em março de 2010

Uma das acusações mais comuns dirigidas ao governo Cubano, é o cerceamento da liberdade de expressão, a frase "liberdade de expressão" virou um slogan contra o regime cubano. Do meu ponto de vista, nada mais contraditório que um brasileiro criticando a liberdade de expressão em Cuba


Por Guilherme Soares Silveira Bueno

Eu gostaria de me expressar um pouco aqui sobre os comentários desta recém famosa blogueira cubana (Yioani Sánchez). Eu sou saxofonista, morei três anos na ilha, sem visitar o Brasil neste período, estudei música no ISA (Instituto Superior de Arte de Havana), antigo clube de campo dos turistas norte-americanos antes de 1959.

Fiquei a maioria do tempo em Havana, onde eu estudava,mas em um dos períodos de férias, com a mochila nas costas e pedindo carona, atravessei durante quase dois meses a ilha inteira, de ponta a ponta, passando por todas as capitais e outros lugares, como Placetas, Puerto Padre, Mayarí e Chivirico.


Tentei me manter o mais longe possível dos programas turísticos, pois queria conhecer a Cuba vivida pelos cubanos. Nos três anos em que lá estive, minha convivência foi basicamente com os cubanos, no ISA não tem muitos estrangeiros e eu era o único brasileiro.

Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que considero o conteúdo do blog desta cubana uma piada pra quem já viveu em Cuba. Ela criticou a educação em Cuba? O sistema de saúde cubano? A violência na ilha? Não minha gente, não, isso só pode ser piada. Voltei há sete meses de Havana e ontem estava em um consultório médico quando resolvi folhear a droga da revista da manipuladora VEJA e lá estava a blogueira. Escreveu que foi agredida numa manifestação contra a violência.

Manifestação contra a violência em Cuba? Nossa meus amigos, sinto muito, eu vivi três anos na ilha, sou músico, portanto, freqüentava muito os bares nas noitadas de Havana (sempre regadas de muita musica), andando por toda a cidade durante a madrugada: foram três anos, e nesses três anos e eu não vi nem sequer uma briga, nem sequer um tapa, nem sequer um puxão de cabelo, e essa cubana me vem dizer que estava numa manifestação contra a violência? Só pode ser piada mesmo.

Até mesmo os cubanos que são contra o regime (na sua imensa maioria jovens que não viveram o país antes de 1959 e que sonham em ir para os EUA, enriquecer, comprar carros luxuosos, jóias, mansões, roupas de grife, etc.)

Sempre me diziam nas discussões: "Isso é verdade, aqui não deixam ninguém morrer, se você tem algum problema eles te curam" ou "Aqui não precisa ficar preocupado, se tem alguma coisa de bom em Cuba é que é um lugar seguro, aqui não tem a violência do seu país" ou "É verdade, aqui te dão educação grátis e de excelente qualidade, mas não te deixam prosperar, o que significava ganhar muito dinheiro, enriquecer e consumir. Esse desejo surgiu ou intensificou a partir do contato com os milhares de turistas que a ilha recebe por ano e, como o próprio Fidel Castro diz, o turismo foi um mal necessário. Prosperar para nós não é conhecer, aprender e produzir e sim ganhar mais e mais dinheiro para consumir cada vez mais".

Que tristeza ver no que nos transformamos, estamos perdendo a essência do ser humano para enraizar uma essência de consumo, destruindo cada vez mais o nosso planeta e se importando cada vez menos com as milhares de pessoas que não têm nem um prato de comida na mesa, quando têm mesa.

É triste pensar que tantas pessoas que lutaram muito durante uma época bastante conturbada em nosso país, só estavam lutando contra uma ditadura e não contra a desigualdade social, a exploração das pessoas, a miséria, a falta de moradia, a fome. Já em Cuba é muito fácil perceber que estas lutas são claramente as prioridades do governo cubano, se necessita muita falta de sensibilidade para não enxergar isso. Uma das primeiras coisas que me chamou a atenção quando cheguei em Havana, foi a aparência das pessoas que encontrava pelas ruas.

Percebi que todos tinham uma boa pele, os dentes brancos e em perfeito estado. Tinham a aparência de pessoas fortes e como são fortes os cubanos. Altos e fortes. Logo pensei: "Ué! cadê a fome? Acredito que gente quem passa fome, não cresce tanto. Notei isso em todos os lugares que passei, em muitas outras províncias, e não somente em Havana.

Moro na cidade de São Paulo, já viajei para vários outros Estados, e em todas as capitais vi crianças pedindo esmola no farol, crianças morando em baixo de viaduto, crianças vagando pela cidade em plena madrugada.

Eu andei aquela ilha toda e as crianças que encontrei usavam uniforme, o que significava que eram escolares, e caminhavam acompanhadas pelo pai ou pela mãe ou por ambos. Uma vez, indo para Alamar um cartaz na rodovia exibia o índice mundial de crianças que passavam fome e terminava com a seguinte afirmação: "Nenhuma delas é cubana". Eu não vi fome naquele lugar, não vi ninguém esbanjando comida na geladeira, é verdade, mas fome eu não vi. Gente que não toma café, almoça e janta todos os dias? Isso não existe em Cuba.

Nas vezes em que precisei de atendimento médico em Cuba, fui atendido mais rapidamente e melhor que no hospital São Luiz, mesmo tendo aqui um plano de saúde que não é top de linha, mas está logo abaixo. Lá, não tive que pagar pelo atendimento mesmo sendo estrangeiro.

Um amigo espanhol, que estudou comigo, tratou inclusive dos dentes, já que lá todo tratamento é gratuito e na Espanha, assim como no Brasil, a maioria dos planos de saúde não cobre o tratamento dentário. Eu só queria ver essa blogueira na fila do SUS esperando pra fazer uma cirurgia importante, sem saber quando será realizada.

Uma das acusações mais comuns dirigidas ao governo Cubano, é o cerceamento da liberdade de expressão, a frase "liberdade de expressão" virou um slogan contra o regime cubano. Do meu ponto de vista, nada mais contraditório que um brasileiro criticando a liberdade de expressão em Cuba.

O Brasil atualmente, segundo dados de 2008 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, possui 10,0% (cerca de 19,1 milhões) de analfabetos e 21,0% (cerca de 40 milhões) de analfabetos funcionais (só sabem assinar o nome). O primeiro passo para a extensão da plena liberdade de expressão de toda a população é a educação. Se um País não dá a possibilidade à grande parte da população (os abaixo da linha da pobreza) para aprender a ler, a escrever, a adquirir conhecimento, a fazer esportes, a aprender formas de arte, se um país não oferece condições mínimas de vida a uma grande massa da população obrigando-a a se preocupar, cotidiana e diuturnamente, apenas com o risco de não ter uma ração alimentar mínima, por falta de dinheiro, está CERCEANDO as possibilidades de liberdade de expressão, que passa ser privilégio dos bem aquinhoados.

Além disso, qual liberdade de expressão nós temos no Brasil? Fora poucas revistas que são lidas por uma minoria quase insignificante, qual o grande meio de comunicação que atinge as grandes massas e que divulgam além do que os grandes conglomerados jornalísticos permitem que seja divulgado?

Qual grande jornal, revista, estação de radio, canal de televisão que vai contra o sistema, que apoia o comunismo, o anarquismo ou qualquer outro sistema que não seja esse que nós vivemos? Se você reúne um grupo de pessoas e tenta derrubar o governo pra instaurar um novo sistema, você vai ser preso, morto na luta ou vai ser extraditado do país, pois esta é a forma que o sistema tem de se defender, qual seja ele. Em Cuba não é diferente, lá você pode discordar, só não pode querer derrubar o sistema, é obvio.

E tudo isso com um agravante, o mundo cerca a ilha e "ninguem" quer que aquilo dê certo. Depois da queda da União Sovietica, Cuba, que economicamente era dependente do seu governo (recebia cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais em 1990), ficou sem nada, em situação social de calamidade, o chamado "Período Especial", de 1990 a 1996. É preciso analisar toda a evolução de um país que não tinha nada naquela epoca e hoje mantém uma qualidade de vida, em termos de necessidades essenciais como moradia, saúde, educação e cultura que Cuba tem, você vai ver que não existe país no mundo que melhorou tanto e segue melhorando.


Seu PIB é de 51 bilhões de dólares (o do Brasil é de 2 trilhões de dólares) e, mesmo assim, Cuba ostenta um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,863 (51° lugar ? 44º se ajustado pelo PNB). Com uma renda tão baixa, se o governo fosse corrupto, o país não seguiria nesta direção, nós brasileiros deviamos saber bem disso. Desenvolvimento econômico não está necessariamente ligado ao desenvolvimento social e Cuba provou isso.

A ilha consegue esse alto indice de desenvolvimento humano no seu país sem instalar grandes corporações, como acontece na maioria esmagadora dos países de terceiro mundo, onde podem pagar um salario baixissimo para seus funcionarios, sugar a materia prima e pagar baixos impostos.


Pelo contrario, Cuba ainda exporta milhares de médicos, que viajam em missões de solidariedade para centenas de lugares do mundo todo, em países onde se o sistema de saúde não é ruím, ele simplesmente não existe. Mas sobre isso a VEJA não faz uma reportagem, também não faz uma reportagem sobre os milhares de estudantes de classes sociais muito baixas, que provêem de todos os países latino-americanos, inclusive brasileiros, que vão para Cuba estudar medicina e outras centenas em outros cursos, todos eles financiados pelo governo cubano, ganhando moradia, salário mensal, café, almoço, jantar e produtos para higiene pessoal.

Todos esses estudantes estão se formando em Cuba sem pagar um centavo. A universidade de medicina de Cuba é uma das mais bem conceituadas no mundo e a sua valorização em âmbitos internacionais é muito maior que as universidades brasileiras, um médico cubano na Europa consegue trabalho sem dificuldades mesmo nos dias dificeis que vivemos, isso porque o sistema público de saúde cubano é considerado um dos mais eficazes do mundo.

Ainda assim os mais de mil estudantes brasileiros que estão se formando em Cuba estão encontrando dificuldades para validar seus diplomas no Brasil, sob a alegação de que os brasileiros que estudam em instituições cubanas se formam medicos generalistas básicos; todos os que conhecem o curso que eles fazem em Cuba sabem que isso é uma grande mentira, o que ninguem publica é a verdade, a verdade é que medicina no Brasil é coisa para quem tem dinheiro para pagar, a grande minoria. Com a chegada de médicos brasileiros formados em Cuba, com o projeto de suprir cerca de mil vagas de médicos em comunidades indigenas no interior do país, essa tradição começa a ser rompida e aumenta a tendência de um barateamento no sistema médico do país, mas não, para a maioria do congresso é melhor as pessoas continuarem morrendo do que os custos médicos serem mais baratos

Se eu fosse citar todas as vantagens que a ilha tem sobre nós eu teria que parar de tocar saxofone para me dedicar a escrever um livro, descrevendo todos os detalhes que, na verdade, não são tão detalhes assim, mas que passam despercebidos pelos olhares de muitas pessoas que viajam para lá com uma visão preconceituosa, elitista e não percebem coisas simples, como as crianças brincando pelas ruas de Havana, correndo pra cima e pra baixo, sem sequer seus pais se preocuparem; não importa se têm 5, 10 ou 15 anos, nada vai acontecer com eles lá fora, nenhum menino de 9 anos vai fumar crack e muito menos vender quinquilharias nas esquinas: isso não chega lá, as crianças em Cuba estão na escola, onde elas devem estar.


O narcotráfico, um dos maiores problemas mundiais, em Cuba não entra, o tráfico de drogas é praticamente inexistente se comparado com o restante do mundo, não há droga nos bares ou nas festas frequentadas pelos jovens cubanos, assim como não há as propagandas massivas de bebidas alcoólicas.

Cultura transborda por todos os cantos, teatros, festivais de cinema, poesia, pintura e música estão por todas as partes e os preços dos espetáculos são acessíveis a todos os cidadãos. Tudo isso muita gente não percebe, isso a VEJA não publica, mas quando aparece uma pessoa com afirmações absurdas sobre a ilha, sem nenhuma fonte confiável para provar o que diz, aí sai na primeira pagina em todos os meios de comunicação, essa passa a ser a grande noticia do nosso país, cheio de "liberdade de expressão".

É facil para um brasileiro que vive em São Paulo, no Morumbi, na Vila Olimpia, em Ipanema ou na Barra da Tijuca sair criticando a ilha e dizendo que aqui está melhor que lá. Claro que sim! Minha familia é de classe média e eu também vivo melhor que os cubanos, mas quantos brasileiros vivem como a gente?


Existem milhões e milhões de brasileiros que dariam a vida para ter as oportunidades que o governo cubano dá para seu povo, para ter uma casa como todos os cubanos têm, para ter atendimento médico gratuito de excelente qualidade, para não ter que se preocupar com a escola dos seus filhos, para ter um prato de comida em cima da mesa. Mas não, nós, cegos, preferimos reparar que lá não tem carne de vaca, que só tem carne de frango, peixe e carne porco, que a variedade dos alimentos não é grande como a nossa ou que eles não têm dinheiro pra comprar um Nike, um IPod.

Vocês devem estar se perguntando se eu não tenho nenhuma critica negativa sobre a ilha, eu digo que é obvio que eu tenho varias, com certeza até mesmo o Fidel Castro tem varias criticas negativas ao seu governo.


A questão não são os erros que eles cometeram ou os acertos, a questão é que a luta do governo cubano é pela melhoria na qualidade de vida de todas as pessoas, é um governo que luta pelo seu povo e faz o impossível para manter todas as condições básicas para o ser humano viver com dignidade.

E tudo isso junto com o bloqueio comercial imposto pelos EUA que impede que o avanço na qualidade de vida dos cubanos siga em ritmo mais acelerado. Não é o Fidel que faz mal para a ilha, quem faz mal para a ilha somos todos nós, que a cercamos, a excluímos e seguimos prejudicando-os com nossas políticas internacionais que prejudicam um país que carece de muitos recursos financeiros.

Nós não podemos esquecer de que, antes de fazer criticas sobre a conduta do governo cubano para com seu povo, temos que pensar primeiro no contexto político que viveu e vive a ilha de Cuba; um erro pode significar o fim de mais de cinqüenta anos de luta pela soberania de um povo, o fim de uma população saudável e muito bem educada.


Lembrem-se de que o Haiti já foi o país com a melhor qualidade de vida da América Latina, situação que durou até a politica inglesa "america para os americanos": hoje o Haiti é o país mais pobre da América.

Antes de criticar as limitações impostas pelo governo para a saída dos cubanos do país, informem-se. Em primeiro lugar, os cubanos que tentam visitar familiares nos EUA assim como cubanos que vivem nos EUA e tentam visitar os familiares em Cuba, encontram muito mais resistência por parte do governo norte-americano do que por parte do governo cubano.

Essa resistência se dá pelo fato do governo norte-americano pressionar os cubanos que querem visitar seus familiares a assumir a nacionalidade norte-americana; como muitos só querem ir visitar a familia nos EUA e depois voltar, acabam tendo muita dificuldade para conseguir o visto. O mesmo acontece com outros países que impõem milhares de restrições para evitar que o cubano consiga o visto para a viagem.

Quem já viveu em Cuba um tempo razoável sabe que isto é verdade, inclusive na televisão cubana passam propagandas insistindo para os norte-americanos liberarem os cubanos que lá vivem para visitar seus familiares em Cuba. Em Cuba existe uma lei que diz que se um cubano sair de Cuba como turista, ele pode ficar, no máximo, onze meses fora do País e, se esse tempo for ultrapassado, ele perde a nacionalidade por um tempo limitado. Muitas pessoas também não compreendem isso.


Lembrem-se que Cuba é um regime Socialista, lá tudo é do Estado e o Estado garante todas as necessidades basicas da população (moradia, comida, educação e saúde); seria injusto que um cubano viajasse, trabalhasse fora, ganhasse bastante dinheiro, e depois voltasse para Cuba usufruir de todas essas vantagens, mas sem contribuir com nada. O Estado é o povo, o povo é o Estado. Com relativa frequência, muito cubanos que viajam para Espanha ou outros países não voltam mais, pois logo conseguem um bom emprego, graças a excelente educação que tiveram em Cuba, mas os filhos ficam em Cuba.

Quando você pergunta porque eles não foram também, te respondem: "Ah! lá a escola é muito cara, eu não teria condições de pagar". Muitos destes cubanos ainda têm a cara-de-pau de criticar o governo do seu país. Eu acho que não precisa de muito para perceber que isso não está correto.

Eu gostaria de saber quando é que a gente vai parar de aceitar que todos esses meios de comunicação nos manipulem, na defesa dos interesses de uma elite que não se importa com ninguém além dela mesma. Quando vamos parar de prestar atenção nesses canais de televisão, nessas rádios, jornais e revistas que mentiram pra nós o tempo todo, manipulando pesquisas eleitorais, escondendo informações e divulgando calúnias, quando vamos parar de aceitar coisas como "rouba mas faz" ou um presidente que escreve livros e livros e quando assume a presidência diz pra esquecer tudo que ele disse.


Que convicção tem uma pessoa dessas que muda de uma hora para outra? Acho que nunca teve convicção em nada. Hoje vivemos talvez o início de uma era que nunca vivemos, a América Latina está sendo cada vez mais tomada por governos de esquerda que realmente estão se importando com a nossos povos, como o Hugo Chavez na Venezuela, o Evo Morales na Bolivia, o Rafael Correa no Equador, o José Mujica no Uruguai e o Lula no Brasil.

Só resta saber se vai ser apenas uma época ou se realmente vamos mudar. Esses presidentes não podem fazer nada se nós não ajudarmos, talvez se nosso povo se mobilizasse mais, nosso governo puderia realizar os seus projetos sem tantos obstáculos.

Pra essa blogueira eu gostaria de dizer que ela deveria sentir vergonha das injustiças que comete com um país que conquistou tudo que Cuba conquistou mesmo sendo o único país que olha para os EUA e diz NÃO. Como pode ela dizer que todas essas conquistas foram falsas? Como pode ela, na reportagem para a revista VEJA dizer que nenhum estrangeiro que viveu em Cuba pode admirar aquele regime?

Como ela pode falar assim pelos outros? Eu vivi em Cuba e não só admiro o seu regime como acredito nele, acredito que Cuba foi e continua sendo a grande esperança para os povos deste planeta que carecem dos recursos básicos para um ser humano viver. Eu tenho certeza que esses alunos de medicina, muitos oriundos de famílias que não tiveram condições de proporcionar todas as oportunidades que todos os seres humanos deveriam ter por direito, e muitos outras pesoas solidárias a Cuba e que lá viveram, sentem a mesma admiração que eu por tudo de maravilhoso que lá foi construido e pela pouca esperança que nos resta, mas que passa a ser tão grande quando olhamos para nuestros queridos hermanos cubanos.

Eu acredito que num futuro distante o Fidel Castro Ruz não somente será lembrado como um grande homem, mas sim como um ícone da luta pela justiça e pela igualdade social em nosso planeta, um ícone ainda maior que nosso querido comandante Che Guevara. Bom seria se o mundo não esperasse sua morte, como aconteceu com o Che, para reconhecermos isso. Eu espero estar vivo para ver isso e espero que até lá o governo cubano se mantenha forte e resistente para que, no futuro, não precisemos olhar para trás arrependidos e dizer: "Que pena, naquela época a situação podia ter mudado, mas não mudou", como já vimos acontecer muitas vezes na nossa historia.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Cumprindo o papel de sindicalista, mais de uma vez, me dirigi ao MP a fim de solicitar sua ação em defesa de direitos coletivos. Em uma delas ainda não obtive resposta, a outra ainda está em curso. Digo isso para ilustrar a credibilidade com que vejo o MP, se assim não fosse, a quem procurar???

A FINALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO....

O BLOG ESTOU PROCURANDO O QUE FAZER... promoveu uma enquete para saber sobre a credibilidade com que o MP é visto pelos campistas. Sinceramente, fiquei abalada com a amostragem apontada pela referida enquete.
O que está acontecendo? Será a falência de todas as instituições de Campos, influenciada pelos descaminhos da política local?
Não! Recuso-me a acreditar nisso! Prefiro, ainda, estar entre os 9% que responderam acreditar no Ministério Público contra os 86% que disseram ao contrário.
É inconcebível a idéia de que, uma instituição deste porte pudesse, nem de longe, estar a serviço por um instante que fosse, de interesses escusos dos dirigentes politícos locais.
Se por ventura estiver equivocada, aí não haverá outro jeito, senão me render as máximas do meu amigo Douglas da Mata, de que a "planície lamacenta" não tem mais jeito.

Ministério Público
Textos Diversos
Ministério Público Federal

O que é e para que serve o Ministério Público?
No âmbito constitucional, o artigo 127 da Constituição Federal dispõe que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

O Ministério Público, nos termos do artigo 28 da Constituição Federal abrange:


I - O Ministério Público da União, que compreende:


a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho
c) o Ministério Público Militar
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II os Ministérios Públicos dos Estados. As funções institucionais do Ministério Público vêm definidas no artigo 129 da Constituição Federal, dentre as quais destacamos o que interessa às pessoas portadoras de deficiências:

...

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

...

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

...

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Vê-se assim que, dentre outras funções, cabe ao Ministério Público a defesa de interesses difusos e coletivos, dentre os quais os direitos das pessoas portadoras de deficiência.

Em 1993 foi promulgada a Lei Complementar 75 que dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União.

Dispõe em seu artigo 6, inciso VII, que compete ao Ministério Público da União a promoção de inquérito civil público e ação civil pública para a proteção:

a) dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias étnicas e ao consumidor (alínea "c").

b) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos (alínea "d").

Destaca-se ainda a existência da Lei 7853/89, que garante a legitimidade ao Ministério Público para a propositura das ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência (artigo 3).

Ministério Público Federal
Procuradoria da República no Estado de São Paulo
Rua Peixoto Gomide, 768
0109-001 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 269-5009 - gabinete da procuradoria

domingo, 28 de março de 2010

O POVO DE CAMPOS GANHA UM PRESENTE NESTE DIA 28 DE MARÇO

No dia em que o município de Campos comemora 175 anos, é criado o OBSERVATÓRIO DE CONTROLE SOCIAL DO SETOR PÚBLICO (OCSP). O Observatório está ligado ao MOVIMENTO NOSSA CAMPOS.
Numa iniciativa do Professor Hamilton Garcia, através do seu Projeto de Extensão da UENF, o Observatório constitui um verdadeiro presente para o povo campista. O evento contou com a presença de representantes da UCAM( Professor Rodrigo Lira), IFF(Professora Cibele Daher) e da UENF o seu Reitor(Professor Almyr) como também a presença de segmentos da sociedade civil organizada.
Compuseram a mesa os representantes das instituições universitárias tendo como mediador o idealizador do Projeto Professor Hamilton Garcia. O Professor Hamilton falou que "o objetivo da OCSP é se dedicar ao que se refere à licitações, contratos e dispêndios".
Para o professor Almyr a OCSP deverá "aprimorar o exemplo de clareza da coisa pública", enquanto a professora Cibele Daher disse "acreditar na OCSP para o empoderamento do povo campista".
O evento contou, ainda, com oradores tais como José Francisco, Prof. Hélio Gomes, Roberto Moraes, David do MST, Vítor Menezes, Paulinho Caxinguelê, esta blogueira e outros. Todos, sem dúvida, entusiasmados com a criação da OCSP e a fala do professor Hélio Coelho foi brilhante, principalmente quando diz que "precisamos reaver o orgulho de ser campista".
Acredito que, hoje um importante passo foi dado no sentido de resgatar a dignidade e a cidadania do povo campista, como também no sucesso do Observatório. É relevante o papel da UENF na construção do Observatório que é um presente para a planície goytacá.

sábado, 27 de março de 2010

QUAL FOI A PIADA DO DIA?

Esta foto foi tirada durante a audiência do dia 25 de março,onde o SEPE e representação dos concursados de 2008 da Educação buscava entendimento e o compromisso de representantes do governo Rosinha Garotinho sobre a prorrogação do prazo de validade do referido concurso.
Durante as ponderações e argumentos apresentados para embasar a reivindicação, em dado momento, lembramos que havia transcorrido 1 mês entre o ATO PÚBLICO do dia 25 de fevereiro e o daquele dia 25 de março, ambos numa quinta-feira.
Neste momento Dr. Edson Batista disparou:
- Ato? Este negócio de ato não dá em nada. Não tem nenhum valor!
Não me contive e respondi imediatamente:
_ Isso significa dizer que, o ato promovido em Campos pela Prefeita Rosinha Garotinho,contra a redistribuição dos royalties e a grande mobilização no Rio de Janeiro, com mais de 100 ônibus de Campos não foi nada importante? É isso que o senhor está dizendo? Que isso doutor??! Que Lula e o Senado não ouçam e não saibam disso!
E aí não deu para segurar. O riso foi geral. Não tendo outra saída, os secretários tiveram que rir da própria tolice.

EM DEFESA DE CUBA SOCIALISTA

Vamos divulgar as ações do povo cubano em defesa de sua revolução
Leia e divulgue o Blog: somostodospalestinos.blogspot.com

Los medios de desinformación de los países occidentales partidarios del capitalismo salvaje hablan de dura represión a las "Damas de blanco". Veamos los vídeos y comparemos los métodos represivos en ambos sistemas.

Lecciones de derechos humanos para Cuba.-


1) Represión en Cuba: Mujeres Desarmadas. Este método sangriento de actuar por parte de la tiranìa constituye una grave violación a los derechos humanos y a la integridad fìsica del pacífico manifestante mercenario de la contrarevolución. Deben aprender de ésta otra modalidad de disolver manifestaciones, indudablemente mucho mas democràtica y garantista, ya que es sistemàticamente aplicada por la(s) policìa(s) europea(s).


http://www.youtube.com/watch?v=BHQvyifbRfw


2) Seguir el ejemplo de la Uniòn Europea

http://www.youtube.com/watch?v=QEUL8B8tADk

3)Desterrar la tortura
http://www.youtube.com/watch?v=Vr1iGB3grlM

Cubanos apoyan la Revolución ante provocación contrarrevolucionaria

La Habana, 18 mar (PL)
Habitantes de barrios capitalinos reafirmaron hoy el respaldo a la Revolución cubana y sus principales dirigentes como respuesta a una nueva provocación de grupúsculos contrarrevolucionarios.

Desde inicios de esta semana las autodenominadas Damas de Blanco, estimuladas por la más reciente campaña anticubana proveniente de Washington y de países de Europa occidental, han intentado protagonizar acciones desestabilizadoras en iglesias y calles de esta ciudad.

El pretexto provocador es la protesta contra presuntas violaciones de los derechos humanos y la falta de libertad en el país caribeño, para cual han contado con la presencia de diplomáticos estadounidenses y europeos en cada una de sus apariciones.

Las integrantes del reducido grupo contrarrevolucionario recorrieron este jueves arterias principales de los municipios La Habana Vieja y Centro Habana sin que se reportaran incidentes.

Centenares de ciudadanos reiteraron el apoyo a las autoridades cubanas frente a la acción del grupúsculo, entre estos Gladys González, quien recordó como las autoridades policiales y del Ministerio del Interior le bridan protección "para que no les pase nada".

Varios funcionarios diplomáticos asistieron a esta nueva actividad provocadora, entre estos Ingeman Cedeber, encargado de negocios de la embajada sueca, Volker Pellet, consejero de la sede alemana y Lowell Dale Lawton, segundo secretario Político Económico de la Sección de Intereses de Estados Unidos en Cuba (SINA).

Lawton se negó a hacer declaraciones al ser abordado por Prensa Latina para conocer el porqué del interés de la SINA en participar en este tipo de actos.

Al mismo tiempo, un autotitulado periodista de estas Damas de Blanco reportó que los representantes diplomáticos se encontraban allí "monitoreando la situación".

Damas de blanco reciben respuesta popular: ¡Esta calle es de Fidel...!


http://www.youtube.com/watch?v=Flsj3-w7wjo

Funcionario de EE.UU. en acción contrarrevolucionaria en Cuba

Dos diplomàticos de la Secciòn de Intereses de los Estados Unidos en La Habana (SINA), acompañando un acto provocador contrarrevolucionario. Los diplomáticos son Lowell Dale Lawton, segundo secretario político de la SINA, y Kathleen Duffy, asistente del area politico-economica de esa misma Oficina. Volker Pellet, consejero de la Embajada de Alemania en Cuba, y Chris Stimpson, diplomático británico, quien ofrecía declaraciones a la prensa internacional contra el gobierno cubano, cuando fue increpado por manifestantes y protegido por guardias de seguridad cubanos, también estuvieron presentes.


Un funcionario de la Sección de Intereses de Estados Unidos (SINA) en La Habana participó hoy en un nuevo acto de provocación contrarrevolucionaria en esta capital.

Lowell Dale Lawton, segundo secretario Político Económico de la SINA asistió a una misa en una iglesia en la barriada de Párraga junto con integrantes de las autodenominadas Damas de Blanco, quienes al finalizar la liturgia salieron a la calle para protestar contra supuestas violaciones de derechos humanos en Cuba.

El diplomático estadounidense se mezcló entre las manifestantes y recorrió con ellas todo el trayecto de la provocación, la cual fue rechazada de manera espontánea por gente del pueblo.

La víspera, dos representantes de las embajadas de Alemania y la República Checa también participaron en un acto similar, en abierta colaboración con los grupúsculos contrarrevolucionarios organizados y financiados por Estados Unidos y algunas naciones europeas.

Prensa Latina constató que las integrantes del grupo contrarrevolucionario no fueron arrestadas, sino evacuadas para evitar incidentes violentos.

Estas acciones de provocación en Cuba con la presencia de diplomáticos estadounidenses y de países de Europa Occidental tienen lugar en medio de una campaña de corporaciones mediáticas contra la Isla, intensificada a partir del 10 de marzo cuando el Parlamento Europeo adoptò una resoluciòn de condena por presuntas violaciones a los derechos humanos.
La multitud de hombres y mujeres de diferentes edades que salió a las calles respondió con consignas y exclamaciones de apoyo a la Revolución y a sus principales dirigentes.

Enérgica respuesta popular en Cuba a la provocación contrarrevolucionaria


Mercenarios castristas. No confundir con el pueblo cubano...


La Habana, 16 mar (PL)
Una nueva provocación contrarrevolucionaria fue respondida hoy en esta capital con gritos de Viva Fidel!, Abajo la gusanera! Esta calle es del pueblo!.
Los grupúsculos internos, aupados por la más reciente campaña anticubana, pretenden llamar la atención para tratar de llevar el mensaje al mundo de que en Cuba se violan los derechos humanos y que no hay libertad.

"Pero ya esto cansa", comentaba un colega de un medio extranjero acreditado en La Habana, quien dijo sentirse "hastiado" de ver "tanto descaro".

Otoniel Díaz Trujillo, vecino de la barriada de Centro Habana, definió que lo único que defienden "es el dinero que les mandan de Estados Unidos todos los meses, porque viven de eso y ninguna trabaja".

Integrantes de las autodenominadas Damas de Blanco intentaron encontrar protagonismo en calles habaneras luego de salir de "una misa" en una iglesia capitalina a la que asistieron dos diplomáticos europeos.

Permanecieron inadvertidas para los transeúntes que se preguntaban en muchos casos de qué se trataba aquello o sencillamente las ignoraban a su paso, hasta tanto lesionaron los sentimientos patrióticos de los cubanos.

Hombres y mujeres que a esa hora estaban en sus centros laborales salieron a rechazar la ofensa.

"Ustedes son una pocas, nosotras somos millones" surgía una voz entre la multitud, al tiempo de corear las consignas revolucionarias.

Mientras ambos funcionarios de las embajadas de Alemania y la República Checa aseguraban a Prensa Latina que sólo participaban en el oficio religioso, se pudo corroborar después que siguieron a distancia el recorrido de principio a fin.

La semana pasada el Parlamento Europeo en una "posición común" emitió la absurda e hipócrita condena contra Cuba en materia de derechos humanos, tras la muerte de un recluso común vinculado a la contrarrevolución interna.

Recientemente, el gobierno del presidente de Estados Unidos, Barack Obama, destinó otros 20 millones de dólares para la subversión contra la nación antillana.

La estrategia política por revertir el proyecto social iniciado por el pueblo cubano en enero de 1959, se incrementa, para ello los "amos" mandan y estimulan a Damas de Blanco y otras especies. A fin de cuentas, ellos pagan.


Cubanos repudian manifestación de grupúsculo contrarrevolucionario
|http://www.youtube.com/watch?v=ED_R3LEaASI

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sexta-feira, 26 de março de 2010

BRAVOS CAMARADAS DA ADUENF!!!

COMUNICADO DA DIRETORIA DA ADUENF

Prezados associados,

A diretoria da ADUENF vem a público informar que considerou a nossa paralisação do dia 23 de março como um completo sucesso, tanto do ponto de vista da adesão de nossos membros como da repercussão junto à mídia em geral, inclusive na chamada blogosfera. Além disso, informamos que tivemos uma ótima repercussão na nossa tentativa de iniciar uma ação articulada com a Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ASDUERJ) visando o estabelecimento de uma ação coordenada entre as duas seções sindicais em futuras mobilizações.

Por outro lado, no tocante aos próximos passos de nossa campanha salarial, a diretoria da ADUENF informa que estará reunida no início da próxima semana para definir o calendário de assembléias e estabelecer um cronograma de mobilizações que deverão ser submetidas para apreciação de nossos associados logo após os feriados da Semana Santa.

A diretoria da ADUENF aproveita ainda reiterar seu entendimento de que será apenas através da mobilização unificada de todos os servidores da UENF que lograremos arrancar do governo estadual a devida e justa reposição de 82% das perdas salariais acumuladas entre 1999 e 2009.

Finalmente, a diretoria da ADUENF vem publicamente rejeitar as desculpas oficiais que apontam que a atual disputa política que ocorre no interior do congresso nacional em torno das políticas de distribuição dos royalties do petróleo representa qualquer tipo de impedimento real para que o governo do estado faça imediatamente justiça com os servidores da UENF. O fato é que o tesouro do estado do Rio de Janeiro possui os recursos financeiros para tanto, e assim o uso do problema dos royalties é apenas uma estratégia que visa prolongar a crise salarial em que estamos submersos neste momento.

Assim sendo, contamos com a participação de todos em nossas futuras assembléias, bem como das atividades que ali serão decididas.


Unidos venceremos!


Campos dos Goytacazes, 26 de Março de 2010.


Diretoria da ADUENF
Gestão 2009-2011

ROSINHA GAROTINHO FOI A PIOR GOVERNADORA PARA A EDUCAÇÃO NO ESTADO E AGORA SE VOLTA CONTRA CAMPOS!!!

PREFEITA ROSINHA NEGA PRORROGAÇÃO DO CONCURSO DE 2008 DA EDUCAÇÃO!!!

FORA ROSINHA GAROTINHO, INIMIGA DA EDUCAÇÃO DE CAMPOS!!!

É CHEGADA A HORA DOS PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS CRUZAREM OS BRAÇOS!!!

Não dá para os professores da rede municipal continuarem a sofrer toda a sorte de abusos e assédio moral sem tomarem uma atitude.

A gravidade do momento exige uma ação urgente. Ninguém deve aceitar ser desrespeitado em seu trabalho e ser jogado de um lado para outro. Dentre os professores que atuam hoje em salas de leitura, na informática e projetos estão aqueles que por motivo de doença foram readaptados e que não tem nenhuma condição de retornar á sala de aula. Ou será que a SMEC pretende lançar uma gincana para computar quantos nesta situação vão sobreviver ou morrer na sala de aula?

CRUZAR OS BRAÇOS E DIZER NÃO AOS ABUSOS DO GOVERNO, JÁ!!!

DIZER NÃO PARA ROSINHA GAROTINHO A INIMIGA NÚMERO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL!!!

EDUCAÇÃO EM CAMPOS É UMA VERGONHA!!!

Finalmente o governo Rosinha Garotinho se despe de suas mil máscaras e assume que não tem nenhum compromisso com a Educação Pública de Qualidade que defendemos, desrespeitando inclusive um dos mais importantes preceitos CONSTITUCIONAIS.

Este governo não tem sensibilidade e não entende que em Educação todo investimento é lucro e se este não atende uma solicitação mesmo que não implique em custo, o que dizer do investimento maciço necessário à rede municipal?

Digo isso na tentativa de ilustrar toda minha indignação e repúdio ao descaso destinado à Educação,onde o governo se nega a PRORROGAR O PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO DE 2008 da Educação sob falsos pretextos e desculpas esfarrapadas.

O governo Rosinha Garotinho quer destruir a Educação de Campos, fechando escolas para criar falso excedente a fim de proceder remanejamento de professores para cobrir carências reais ao invés de convocar os concursados. Como se não bastasse, mais escolas tem data anunciada para o fechamento, como é o caso do EJA da E.M. Francisco de Assis.

A inovação mais recente para estes abutres da EDUCAÇÃO PÚBLICA, a fim de mascarar a carência de professores é fechar todos setores importantes para a construção do conhecimento, tais como laboratórios de informática, salas de leitura e projetos. Isso é uma vergonha!

O que serão feitos dos computadores novos e das salas de informática totalmente equipadas para este fim?

Será que para a Prefeita Rosinha Garotinho EDUCAÇÃO SE FAZ COM CUSPE E GIZ?

A EDUCAÇÃO PÚBLICA CARECE DE JUSTIÇA PARA INIBIR ESTES ABUSOS DE UM GOVERNO INCONSEQUENTE E IRRESPONSÁVEL COM AS CRIANÇAS DE NOSSO MUNICÍPIO!!!

"POR FORA, BELA VIOLA, POR DENTRO, PÃO BOLORENTO"

DO BLOG DO NÚCLEO
A máxima de Tadeu.

Pelo visto esta blogueira não é a única a enxergar nos ditados populares a profunda sabedoria que traduzem, por isso não cansa de citá-los. Cada ditado se encaixa perfeitamente em várias situações, de acordo com sua conotação.
Eu diria que este "do pão bolorento" se acopla nitidamente a ação da PF e da Prefeita Rosinha Garotinho no caso dos camelôs em Campos.

QUEM ACREDITA EM "COELHINHA DA PÁSCOA"???

O fato da Prefeita Rosinha surgir, rapidamente, no cenário caótico instalado pela operação da PF junto aos camelôs deixa mais evidente a possibilidade de uma "ação orquestrada" entre prefeitura e Polícia Federal.
Os motivos devem ser a tentativa de estreitamento de relações com o setor, hoje rebelado contra o governo atual. Ao contrário, alguns anos atrás, a política dos "garotinhos" foi referência para os camelôs, e culminou na construção do SHOPPING POPULAR MICHEL HADDAD no governo Garotinho.
Esta é mais uma farsa, na tentativa de trazer de volta o controle sobre os camelôs, excluindo àqueles a fim de entregar as bancas nas mãos de outros "mais confiáveis para o governo".
É simplesmente repugnante esta situação!!!
Eis o trecho da matéria da Folha sobre o assunto:

A Prefeita Rosinha Garotinho, junto com o vice-Prefeito, Doutor Chicão, recebeu na tarde de quinta-feira (25), comissão de representantes da Associação dos Vendedores Autônomos do Shopping Popular (Avasp). Durante o encontro, a prefeita Rosinha reiterou a necessidade da formalização dos camelôs como micro-empreendedores para atuarem nos Shopping Popular Michel Haddad

POR QUE OS RECURSOS DOS ROYALTIES NÃO CHEGAM AO HGG?

A matéria da Folha dá conta de que, o caos no HGG, instalado há algum tempo, continua. Falta atendimento oftalmológico e também da otorrinolaringologia, conforme denúcias veiculadas neste Blog.
Num momento em que só se fala em Royalties no município e nas implicações da mudança na redistribuição dos mesmos, as perguntas que devem ser feitas são:
Por que os Royalties não foram até hoje, destinados à rubricas sociais, dentre elas a SAÚDE???
Como é possível serviços na área de saúde ficarem inviabilizados por falta de investimentos mínimos?
Aí me ocorre a lembrança de um trecho da letra da música "DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL..."

Trecho da matéria do Jornal Folha da Manhã traz denúncia do absurdo na SAÚDE em Campos:

Pacientes reclamam de demora no HGG
Por
Talita Barros

Silesio Correa
O Hospital Geral de Guarus divide enfrenta reclamações no atendimento. Pelo menos foi o que apontaram algumas pessoas que esperavam por consulta na tarde de quarta-feira. Mães reclamavam da demora no atendimento pediátrico da emergência e uma paciente contou que já era a quarta vez que procurava o Hospital para fazer uma cirurgia. No setor em que se os exames são marcados, havia um cartaz que indicava que alguns deles estão suspensos por tempo indeterminado, como os oftalmológicos (retinografia, fluorescência), e angiografia.

ESSA "ESTORINHA" NÃO CONVENCE...

"MPF desmonta esquema de contrabando em Campos
Mais de 200 agentes da PF e da Receita Federal participam da operação"

Logo pela manhã, através do programa DE OLHO NA CIDADE, tomei conhecimento sobre a operação da PF no camelódromo e de cara a primeira idéia que me veio foi:
Qual a possibilidade desta mega operação de caça aos camelôs ter sido motivada pelo fato destes terem se rebelado contra a intenção declarada da Prefeita Rosinha Garotinho em retirá-los daquele local sob pretexto de obras no local?

Será uma mera conscidência ou uma severa represália?

As dúvidas por mim suscitadas se dão por questões óbvias. O camelódromo foi construído pelo poder público, a fim de viabizar espaço adequado para desenvolvimento de atividade comercial específica. São trabalhadores que buscam através do trabalho informal o sustento de sua família, isto, pela ausência de polítcas públicas que garantam à estes o pleno emprego.

Outro ponto importante é, se existe contrabando de mercadorias esta prática não deve ser recente e, existe o fornecedor. Porque a PF não monta uma mega operação para coibir a comercialização de mercadorias ilegais na sua origem, resolvendo definitivamente a situação que é recorrente no Brasil inteiro?

Se minhas dúvidas forem infundadas então, a PF com atuação em Campos é digna de elogios, honras e merecedora de destaque em relação a sua atuação a nível nacional, devendo inclusive ficar à frente do combate à corrupção e ao contrabando no Brasil.

Mais cá para nós, aqui na terra goytacá, onde o possível e o impossível caminham de mãos dadas e o "coronelismo" dos "garotinhos" têm imperado, nem o mais convicente dos pretensos argumentos são suficientes para dirimir as dúvidas.
.

CONCURSO DE 2008 PARA A EDUCAÇÃO DE CAMPOS...

Hoje pode ser considerado o dia "D" para a solução dos concursados de 2008, que esperam ansiosos por um resposta por parte do governo municipal em relação a prorrogação do prazo de validade do concurso para a Educação.
Para estes concursados a prorrogação servirá, no mínimo, como alento abrindo a possibilidade de nos próximos dois anos serem convocados, haja vista a intenção anunciada pelo governo Rosinha Garotinho em reformar, ampliar e construir novas escolas e creches.
Será hoje,às 15 horas, na sede da PMCG, que será batido o martelo. Agentes do governo, Dr. Edson Batista e Dr. Fábio Ribeiro, se comprometeram a reunirem-se com demais autoridades para resolver o impasse.
Estamos aguardando um retorno positivo à esta reivindicação da categoria que, se por um lado os beneficia, por outro, não onera o governo municipal.

EDUCAÇÃO COM RESPONSABILIDADE....

Não dá mais para assistirmos o descaso com a Educação Pública. As autoridades locais devem a todo instante serem chamadas à responsabilidade sobre isso.
É nítida a má vontade dos governos em investir em Educação Pública. Ao contrário, eles estão mais interessados na PRIVATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA. Para começar, não respeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal que diz que, cabe aos governos investir NO MÍNIMO 25% de suas receitas em Educação. Entretanto, o que tem ocorrido é um total descumprimento da LRF, ou seja, os governos se recusam na maior desfaçatez em investir pelo menos o mínimo na Educação Pública, gratuita e de qualidade.
Ora senhores! É tudo muito óbvio. Sendo a Educação ferramenta indispensável e única para a emancipação do Homem não há interesse dos governantes em promover ou, ao menos, facilitar que isso ocorra.
O interesse dos governantes se restringe a fazer uma "meia sola", com todo rsspeito aos sapateiros, e pronto. O que eles querem é o abandono e a destruição da Escola Pública. Assim, poderão aumentar o grau de alienação da sociedade promovendo o clientelismo político, tornando o povo refém de uma política nefasta e atrasada. Tudo para garantir à eles, governantes oportunistas, a manutenção do poder com sucessivos mandatos e regalias aos seus "apadrinhados", numa relação promíscua e recíproca, guiçá corrupta.
Digo isso para ilustrar tanto o tratamento que o governo Sérgio Cabral dispensa à Educação pública estadual, quanto o que a Prefeita Rosinha Garotinho tem dispensado a Educação municipal.
A Educação em Campos dos Goytacazes está uma vergonha!
Como se não bastasse todas as mazelas, o advento de mais uma estarrece a todos nós, ou seja, o inconcebível FECHAMENTO DE ESCOLAS MUNICIPAIS.
Isso é um absurdo!
Apesar das denúncias, as autoridades locais agem com passividade diante desta situação. Por que será que o governo municipal faz da ESCOLA PÚBLICA "gato e sapato" e a Justiça não cumpre o seu papel primordial, que é o de fazer cumprir a Lei e exigir a garantia dos direitos Constitucionais da oferta de ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE PARA TODOS???

CONCURSO DE 2008 DA EDUCAÇÃO: SOBRE O ATO PÚBLICO REALIZADO PELO SEPE NA MANHÃ DESTA QUINTA EM FRENTE À PMCG

Na manhã de hoje foi realizado o Ato Público em frente à sede da PMCG, que visa à prorrogação por mais dois anos do concurso de 2008 e pela convocação dos concursados aprovados deste concurso.
Uma comissão composta por diretores do SEPE, Graciete Santana, Amaro Sérgio, Sandrelene, Cristini, Edson Braga e mais três concursados, foram recebidos por membros do governo, Edson Batista (secretário de governo) e Fábio Ribeiro (secretário de administração). Após as ponderações de ambas as partes, o secretário de governo Edson Batista, afirmou que se reunirá com as demais autoridades responsáveis para discutirem a prorrogação do concurso de 2008, sendo que AMANHÃ às 15h, se reunirá novamente com a comissão formada pelo SEPE e concursados, para dar uma resposta FINAL se haverá ou não, a prorrogação do concurso de 2008.


O SEPE convida os concursados de 2008, para que compareçam amanhã às 15h, em frente à sede da PMCG.
Postado por Na Luta pela Educação/Campos às 14:46:00

A EDUCAÇÃO DE CAMPOS AGONIZA...

Os despropósitos na educação de Campos continuam a todo vapor.O sistema municipal de educação agoniza e parece que a atual administração do município está empenhada em lançar sua mais nova marca: o declínio do conceito de cidadania!
Com data e hora para morrer.

Uma boa parte da possibilidade do exercício da cidadania dos moradores da comunidade do Matadouro, Goiabal, Tira-Gosto e adjacências, está sentenciada a morte, com data, hora e com carrasco conhecido.
Dia 30 desse mês, a modalidade da Educação de Jovens e Adultos, a EJA, que funciona na Escola Municipal Francisco de Assis, onde a muncipalidade investiu em diversas reformas e em equipamentos, fechará as portas, somando-se a outras unidades escolares que vêm sendo fechadas pela SMEC.
(...)

O fechamento de uma Escola, é por todos os motivos, uma confissão de FRACASSO das políticas públicas de Educação.
Do blog do Núcleo.
Cidadania a 1 Real?1 real ao povo, milhões às terceirizações, concursados na fila de espera e a resposta ainda será amanhã (veja no blog do Dignidade).
Vergonha!
Postado por PROFª LUCIANA

quarta-feira, 24 de março de 2010

POR QUE O PCB VAI APRESENTAR CANDIDATURA PRÓPRIA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

NOTA POLÍTICA DO PCB

O PCB julga-se no dever de esclarecer:

1 – Não nos imiscuímos em assuntos internos de outros partidos. Assim sendo, como partido, não temos nem preferências nem vetos em relação aos dignos e valorosos companheiros do PSOL que disputam internamente a indicação como candidato à Presidência da República.

2 – Em programa institucional no próximo dia 25 de março, em cadeia nacional de rádio e televisão, informamos ao povo brasileiro a determinação de nos apresentarmos nas eleições presidenciais deste ano com identidade própria, sem prejuízo de coligações, no campo da oposição de esquerda, em algumas eleições estaduais. A data do anúncio coincide com o aniversário de 88 anos do PCB, fundado em 25 de março de 1922.

3 – Esta atitude é conseqüente com nossa postura desde o início de 2006, quando já deixávamos claro que não estávamos procurando uma mera coligação eleitoral e muito menos candidaturas, mas a construção de um bloco na perspectiva de uma frente anti-imperialista e anticapitalista permanente, para além do PCB, PSOL e PSTU (incluindo movimentos e organizações populares) e para além das eleições.

4 – Em 2006, a coligação eleitoral então denominada “Frente de Esquerda” dissolveu-se, na prática, dois meses antes das eleições. Suas únicas reuniões, até junho de 2006, tiveram como pauta exclusiva os acordos em torno de candidaturas. Desde então, não houve qualquer reunião trilateral e, no caso pelo menos do PCB, nem bilateral, além de episódicos e superficiais contatos regionais.

5 – Para o PCB, foi equivocado o desinteresse em discussões sobre a conjuntura, a tática e estratégia dos caminhos ao socialismo, que gerassem consensos programáticos. Fizemos em 2006 uma campanha presidencial sem programa, abrindo espaço para a então candidata da coligação expor suas opiniões pessoais que, em muitos casos, não correspondiam nem às do seu próprio partido.

6 – Jamais, enquanto partidos, confrontamos nossos pontos de vista sobre qualquer tema, sendo que em alguns temos divergências importantes, algumas inconciliáveis. Entre estas, há questões que nos são muito caras, como a necessidade de criação de uma organização intersindical classista que seja baseada na centralidade da luta do trabalho contra o capital, a atualidade da construção de uma frente anticapitalista e anti-imperialista para além do economicismo e das eleições e o internacionalismo proletário, com a solidariedade firme e inequívoca à Revolução Socialista cubana, aos processos de mudanças na Venezuela e na Bolívia, ao povo palestino e aos demais povos em luta.

7 – Sempre defendemos a necessidade de uma construção programática que envolvesse muito mais que os três partidos da Frente de Esquerda, com vistas à formulação de uma alternativa de poder que venha a se contrapor ao bloco conservador, como ponto de partida de possíveis coligações eleitorais, evitando que a disputa e decisão sobre os nomes e candidatos ocorra antes e, na maioria das vezes, no lugar da discussão programática de eixos mínimos que possam representar a reorganização de um bloco revolucionário do proletariado.

8 – No entanto, estamos no final de março de 2010 e até agora só temos notícias das intenções dos partidos que compuseram aquela coligação pelos meios de comunicação ou por informes que nos chegam sobre o processo de escolha de candidatura presidencial no PSOL, que começou com a opção de Heloísa Helena por disputar o Senado, depois o desencontro previsível com Marina Silva e agora com a disputa interna ainda em curso.

9 - Não podemos deixar de registrar também nossa contrariedade com os rumos tomados pela então Frente de Esquerda, no que tange aos parlamentares eleitos com a soma de votos de dezenas de candidatos dos três partidos que a compuseram. Os mandatos, em especial os de âmbito nacional, não contribuíram para a unidade e a continuidade da mesma. Como acontece com os partidos convencionais, foram tratados como de propriedade dos eleitos, sem qualquer interação ou mesmo consulta política aos partidos que os elegeram. A preocupação principal desses mandatos foi garantir a própria reeleição.

10 – Queremos manter com os partidos, organizações e movimentos classistas que, como nós, vêem a ruptura do capitalismo como a única possibilidade de transição para o socialismo, uma relação independente, baseada em consensos programáticos e na ação unitária no movimento de massas, o que não significa necessariamente estarmos juntos nas mesmas entidades, organizações e coligações.

PCB – Partido Comunista Brasileiro

Comitê Central

22 de março de 2010

CONVITE DO MOVIMENTO NOSSA CAMPOS

A PROEX/UENF, por meio do projeto Participação Política e Estado, coordenado pelo Cientista Político Prof. Dr. Hamilton Garcia, em parceria com o Instituto Federal Fluminense (IFF), Universidade Candido Mendes (UCAM), empresários, líderes comunitários e sindicalistas locais, vem mobilizando a sociedade campista para o controle social sobre os governos locais. O projeto parte da premissa que o bom governo depende de mecanismos sociais de controle com a participação do cidadão na gestão pública, fiscalizando e monitorando as ações governamentais.

Para tanto, está em processo de estruturação o Movimento Nossa Campos (MNC), que pretende ser um pólo de atração dos diversos setores sociais interessados no controle social e, por tabela, no bom governo.

Com vistas a isso, convocamos todos os interessados para se fazerem presentes na reunião desse domingo (28/03), na OAB*, às 16h, para a fundação do OBSERVATÓRIO DE CONTROLE DO SETOR PUBLICO (OCSP) que, vinculado ao MNC e inspirado no Instituto da Cidadania Fiscal (ICF)**, pretende monitorar, progressivamente, os processos licitatórios locais – da divulgação dos editais à entrega das obras –, estimulando a livre concorrência entre as empresas de modo a maximizar o uso dos recursos públicos em prol de toda a coletividade.

Campos, 24/03/2010

Movimento Nossa Campos

* Rua Barão da Lagoa Dourada, 201 - Centro -, em frente à Pça. do Liceu.

terça-feira, 23 de março de 2010

AOS CONCURSADOS DE 2008 DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE CAMPOS

No dia 25 de Março, quinta-feira, às 9 horas da manhã, acontecerá um ATO PÚBLICO, pela convocação dos concursados de 2008 da Educação de Campos e, prorrogação do prazo de validade do concurso por mais dois anos. O ato acontecerá em frente a sede da Prefeitura de Campos( antigo Ceseq).

Neste dia 25 de março estará completando um mês do ato realidao em frente à SMEC. Depois disso, vários ofícios foram encaminhados à vários órgãos do poder público municipal, sem nenhuma resposta.

No dia 31 de março expira a validade do concurso de 2008 e o SEPE e os concursados irão até o fim nesta luta.

Venceremos!!!
Graciete Santana
Coordenadora Geral do SEPE/CAMPOS
8819 1723 e 9937 6057

ATENÇÃO! ATENÇÃO! CONCURSADOS DE 2008 DA EDUCAÇÃO DE CAMPOS

ATO PÚBLICO NO DIA 25 DE MARÇO, QUINTA -FEIRA, ÀS 9 HORAS DA MANHÂ, EM FRENTE A SEDE DA PREFEITURA DE CAMPOS.

TODOS LÁ!!!

SEPE APROVA EM REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA NOVAS DELIBERAÇÕES NO CASO DO CONCURSO DE 2008 DA EDUCAÇÃO

Mais uma vez, em reunião extraordinária, reuniram-se os diretores do SEPE Graciete Santana, Amaro Sérgio, Edson Braga, Cristini, Ana Lúcia, Ângela Barbosa e Tânia Mara, tendo como pauta única a rede municipal.

Foram dados os informes sobre a protocolização de vários ofícios na semana passada e da constatação de que, até agora não houve nenhuma sinalização da parte do governo em atendimento às solicitações oficiadas.

Diante do exposto, novas diretrizes foram tiradas pelos diretores presentes à reunição, dentre elas o envio de novo ofício à SMEC solicitando quantitavo de pessoal em cada uma das unidades escolares, e ainda, ofício solicitando uma audiência com a Prefeita Rosinha Garotinho num prazo de 48 horas. Ambos os ofícios serão protocolados no dia de hoje.

Outra deliberação aprovada foi a realização de um ATO PÚBLICO na quinta-feira, dia 25/03 às 9 horas da manhã, em frente a sede da Prefeitura de Campos. A convocação dos concursados para o ato do dia 25 será veiculada na Rádio 97 FM a partir de hoje.

Precisamos, também, contar com o apoio da blogosfera na divulgação deste evento.

O PCB E O CONGRESSO DA CLASSE TRABALHADORA - CONCLAT - PARA A FORMAÇÃO DA NOVA CENTRAL

Desde a adesão da CUT ao projeto neoliberal e á postura “chapa branca”, no início dos anos 2000, os partidos e grupamentos de esquerda socialista e comunista vêm buscando a reorganização e o resgate do caráter classista do movimento sindical brasileiro. A Conlutas, a Intersindical e outras entidades surgiram a seguir, dando conseqüência a este processo.


No início de Junho deste ano, será realizado, em Santos, SP, um Congresso– o Conclat, Congresso da Classe Trabalhadora –, cujo objetivo é a criação de uma Central Sindical – a chamada Nova Central. Convocam este Congresso a de correntes políticas, como o Enlace e o “Solzinho”, filiadas ao PSOL, e partidos políticos como o PSTU. Conlutas e uma parte da Intersindical, além de correntes políticas, como o Enlace e o “Solzinho”, filiadas ao PSOL, e partidos políticos como o PSTU.

O Congresso discutirá a estrutura, a direção e a natureza da nova Central. Nesta última questão, há uma forte disputa entre duas proposições: a de construir uma central sindical, representando sindicatos e trabalhadores sindicalizados (com a possível inclusão de segmentos precarizados), ou uma central que congregue, além das representações de trabalhadores, na mesma organização e com os mesmos direitos, outros movimentos sociais, como o movimento estudantil, o movimento negro etc.

O PCB participou da fundação, através de sua corrente sindical Unidade Classista, e é ativo organizador, ao lado de outras correntes políticas e de companheiros independentes, da Intersindical. No entanto, ainda em fins de 2008, no bojo da discussão sobre a necessidade de construção de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora para não apenas melhor organizar a Classe para as lutas gerais contra o patronato – nenhum direito a menos e novas conquistas – a Conlutas, o PSTU e correntes do PSOL, entre as quais aquelas citadas acima –, decidiram iniciar um processo de discussão visando à convocação do Conclat e à criação da Nova Central.


Esta decisão fez com que, em Encontro Nacional realizado à época, a Intersindical, em Encontro realizado em Santos, sem a participação das correntes do PSOL, a entidade decidisse pelo seu fortalecimento. Ao mesmo tempo, as correntes citadas passaram a reivindicar também a Intersindical, gerando, assim, uma duplicidade de representação.

O PCB saudou a iniciativa do Conclat, assim como fez quando da criação da Conlutas. Entretanto, ao analisar a proposta, o PCB considerou-a precipitada, pois entende que uma nova Central deve ser construída a partir de uma ampla discussão, envolvendo não apenas as entidades hegemonizadas pelas forças que hoje compõem a Conlutas e a Intersindical, mas muitas outras. Além disso, a exemplo do que ocorreu quando da criação da Conlutas, quando o PCB – saudando a iniciativa combativa dos companheiros – criticou não apenas o açodamento da ação, mas também o caráter policlassista da entidade – que congrega movimentos pautados pelo conflito capital x trabalho, mas também movimentos sem corte de classe, o PCB mantém as mesmas críticas em relação ao Conclat proposto para junho.

O convívio entre as duas Intersindicais é irregular: em alguns estados, as duas partes buscam debater e atuar em conjunto, em outros há conflitos. Mas o PCB entende que a luta maior da Classe Trabalhadora – contra os desmandos do Capital e pelo Socialismo – está acima de quaisquer divergências e dificuldades de percurso, sempre presentes nas construções políticas. Em nota oficial, o Comitê Central reafirmou a decisão de manter com os companheiros do PSOL e de outras correntes que hoje estão na articulação do Conclat um diálogo sincero e militante sobre a situação política e os rumos do movimento dos trabalhadores e de buscar, com eles, a unidade de ação na luta.

O PCB não participará do Conclat com delegados, pelas razões expostas acima, mas, se convidado, saudará os companheiros que se empenham na sua construção, com os quais buscará sempre o entendimento e o trabalho conjunto pela construção revolucionária do Socialismo.

CAMPOS NO OLHAR ANTROPOLÓGICO

O texto da Fernanda beira a precisão, de tanta lucidez na análise. O único destaque é quanto ao papel da vereadora petista neste enredo. Se a bem conheço, haja vista os métodos usados pela mesma enquanto sindicalista, as posições que tem tomado não passam de mera encenação, uma vez que o contexto político em que sua candidatura foi forjada é exatamente igual ao que repudiamos.
Não seria ela, afeita à demagogia, que perderia a oportunidade de propor uma CPI na certeza de que criaria em torno de si tão somente a aura da "bem intencionada", com a convicção de que, à exemplo de Brasil, tudo terminaria em "pizza".

Eis o texto da Fernanda:
Por Fernanda Huguenin

A proposta da vereadora do PT, Odisséia Carvalho, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos royalties é evidentemente corajosa, mas chega tarde como os cadeados colocados depois da porta arrombada. E sua não aceitação pela câmara significa um tiro no pé, pois os campistas estão fartos de verem o ouro ser entregue na mão do bandido. A falta de lisura com os gastos públicos é um fenômeno próprio de sociedades enrijecidas pelo tradicional personalismo e pela precária organização da sociedade civil. Se a Campos do passado era comandada pela elite canavieira associada ao Estado, a do presente é guiada por dois diferentes grupos políticos que historicamente se alternam ao estilo “é preciso mudar pra que tudo permaneça igual”. Do ponto de vista antropológico, a crise gerada pela proposta do deputado gaúcho Ibsen Pinheiro apenas abriu as cortinas para encenação de um drama.

Os dramas sociais, como sugere Victor Turner, “são, em larga medida, processos políticos. Envolvem a competição em torno de fins escassos – poder, dignidade, prestígio, honra, pureza – através de meios particulares e da utilização de recursos que são também escassos – bens, territórios, dinheiro, homens e mulheres. Fins, meios e recursos estão presos a um processo de feedback interdependente”. A alocação de responsabilidade pelo drama, isto é, a busca de bodes expiatórios ou de legítimos culpados entre as diferentes personagens da trama é geralmente o argumento do roteiro. Na vida ou no palco, o drama é encenado num campo político cheio de tensões, antagonismos e, sobretudo, interesses nem sempre públicos. Pelo menos um mérito tem a crise dos royalties: é a grande oportunidade de se repensar a política local.

É incorreto imaginar que a implementação de uma CPI ocorreria num momento inoportuno. Mesmo diante da previsibilidade de que tudo acabaria em pizza, o inquérito demonstraria boa vontade e, sobretudo, o destemor de quem nada deve. Fato é que os campistas já não mais agüentam viver numa cidade com um péssimo Índice de Desenvolvimento Humano, onde vigoram a corrupção e o assistencialismo que a sustenta. No entanto, historicamente não faltou apenas transparência dos gestores municipais, mas também criatividade. É de se perguntar: ainda que sob as rédeas do superfaturamento, ao estilo “rouba, mas faz”, que grande benfeitoria foi feita na cidade para além do asfalto maquiando o esgoto? A CPI seria uma boa oportunidade para elaborar idéias, colocá-las em debate e vislumbrar uma maneira de não jogar tanto dinheiro nos ralos entupidos das ruas.

Aliás, acertou em cheio o ambientalista Aristides Soffiati quando ponderou em sua coluna dominical que se for à custa da execução de projetos inconsistentes melhor mesmo que não tenhamos os royalties. E a vereadora Odisséia Carvalho em seu pedido de CPI enumera fatos absolutamente determinados e determinantes para a investigação, afinal, haja pizza para justificar a compra de meia tonelada de pimentão no mês de dezembro para a Fundação Municipal da Infância e Juventude! A vereadora tem sido acusada de querer se auto-promover, mas ainda que seja essa a sua intenção, pelo menos o faz oferecendo uma proposta de debate e correção e não os tais cinqüentinhas.

Um drama social geralmente termina ou com a reconciliação negociada ou com o rompimento definitivo dos grupos em disputa. E a história da política brasileira tem nos revelado que o inimigo de antes pode ser o amigo de amanhã e vice-versa. É vergonhoso que o desejo de transparência da população tenha sido recusado pelos seus representantes na Câmara, inclusive pelos vereadores da oposição. A longa viagem dos campistas em busca do tempo perdido parece ser a própria Odisséia.

Do blog O cru e o cozido

BRAVA LUCIANA!!!

Caros amigos,

Não podemos nos abater com todo esse descaso na educação municipal que estamos vivendo na nossa cidade. Escolas sendo fechadas, alunos sem professores, creches funcionando precariamente, o plano de cargos que não sai, concursados que não são chamados e por ai vai.
Um horror!
Só que, ao mesmo tempo que o nosso Governador Sérgio Cabral chora pela possível perda dos Royalties, ele convoca 1.938 professores aprovados no concurso público do Magistério 2008 (DO 12-03-10). Lógico, ele está certíssimo!! São questões distintas.

Já aqui, na educação municipal, no concurso realizado no mesmo ano de 2008, as convocações não ocorrem. Só se fala em Royalties!! Tudo parou. Agora, está se falando por ai, que, em muito breve, os ônibus que foram ao Rio irão para Brasília-DF numa nova investida. É preciso paciência. Mas nem tanta!!! Direito é Direito e tem que valer.
Abraços.
Luciana Gomes.

segunda-feira, 22 de março de 2010

ROYALTIES NÃO MELHORARAM VIDA EM MUNICÍPIOS PRODUTORES, DIZ ESTUDO

FONTE:BBC BRASIL

ENTREVISTA COM CLÁUDIO PAIVA

Os royalties do petróleo não têm sido suficientes para melhorar a qualidade de vida da população nos principais municípios produtores, mostra um levantamento que vem sendo coordenado pelo professor Cláudio Paiva, do Departamento de Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Segundo ele, os royalties "trouxeram a corrupção", diante da falta de um marco regulatório sobre a aplicação dos recursos.

"Isso não quer dizer que tenhamos de tirar os recursos desses municípios. Temos é que ter um controle forte sobre esses recursos", diz o pesquisador.

Com foco nas principais cidades produtoras de petróleo, entre elas Campos e Macaé, no litoral norte do Rio de Janeiro, o Departamento vem analisando como os recursos do petróleo estão sendo aplicados nessas cidades – e seus efeitos na qualidade de vida.

Um dos estudos mostra que, desde 2004, o município de Campos gastou R$ 18 milhões em convênios com quatro hospitais da cidade, mas que o número de internações manteve-se o mesmo no período. Um outro levantamento indica um crescimento elevado nos gastos com Cultura – uma rubrica difícil de ser auditada, segundo Paiva.

Em Quissamã, por exemplo, o gasto chega a R$ 618 per capita, enquanto em São Paulo esse valor é de R$ 19.

Na avaliação do professor da Unesp, a redistrubição dos royalties para todo o país como aprovado na Câmara "não é solução para o problema".

"Não existe uma política deliberada de aplicação dos royalties. Como os municípios não têm qualquer forma de planejamento, esse dinheiro vai para o ralo", diz o pesquisador.

A seguir, trechos da entrevista.


BBC Brasil - Que impacto os royalties do petróleo trouxeram para a região?

Claudio Paiva - Nos municípios analisados, sobretudo em Campos e em Macaé, que recebem a maior quantidade de recursos, a gente não viu melhora significativa na saúde,
nem na habitação. Há falta de planejamento, desvio de recursos públicos. Vários prefeitos na região foram cassados. Por não ter um controle social adequado, um marco regulatório, o dinheiro dos royalties, na verdade, trouxe com ele a corrupção. Essa é questão-chave. Isso não quer dizer que tenhamos de tirar os recursos desses municípios. Temos é que ter um controle forte sobre esses recursos.

BBC Brasil - Isso quer dizer que royalties não são sinônimo de desenvolvimento?

Paiva - No Brasil, pelo menos, não é. Em outras partes do mundo, é. Nesse momento, temos uma grande chance de ter um novo milagre econômico com os recursos do pré-sal. O fato é que não existe um projeto nacional de desenvolvimento, ou seja, aquilo que o governo federal aponta como foco de investimentos... Isso não tem. Não existe uma política deliberada de aplicação dos royalties. A emenda Ibsen, por exemplo, diz: vamos repartir, então todo mundo vai ganhar uma pequena parte dos royalties do pré-sal. No entanto, os municípios não têm qualquer forma de planejamento. Esse dinheiro vai
para o ralo. Vai para contratação de funcionários, vai para corrupção, enfim, destinos que não melhoram a situação da população desses municípios.

BBC Brasil - O debate sobre a redistribuição está errado?

Paiva - É um debate ainda inócuo, de quem ganha e quem perde. O debate é de como os roaylties podem reduzir a desigualdade regional no país. O Nordeste precisa de recursos, sim. Mas não é simplesmente tirar recursos do Rio de Janeiro, que gera um desequilíbrio no pacto federativo. Temos que estabelecer regras de transição. Enquanto ficar nessa briguinha... Fazer um projeto desse, de redistribuição, é justo. Ninguém vai falar que não é justo. Só que isso é incostitucional. Precisa de fato de um plano nacional de desenvolvimento. Só depois a gente pode pensar em redistribuição dos royalties.

Me parece precipitado você tentar resolver o problema dividindo isso para todos os municípios. Será que fazer a simples divisão dos recursos para outros municípios vai resolver o problema das desigualdades? Isso precisa de tempo, precisa ser estudado olhar as experiencias de municípios que já recebem muitos royalties. E também precisamos pensar na manutenção do pacto federativo. Não se pode colocar um assunto desse em votação em ano de eleição. É obvio que os deputados estão preocupados com o que seus eleitores estão pensando.

BBC Brasil - O senhor defende o uso dos royalties como ferramenta de redução das desigualdades?

Paiva - Já que o recurso é nacional, já que temos uma grande chance, com os recursos do pré-sal, de ter um novo modelo de desenvolvimento, deveríamos pensar em como criar fundos para reduzir as desigualdades regionais. Precisamos olhar para as experiências atuais e tentar compreender o que está sendo feito com os royalties do petróleo. Ou seja, será que as políticas publicas executadas a partir dos royalties têm melhorado a qualidade de vida da população? Eu não tenho certeza se isso melhorou. Pelo contrário, os resultados até agora mostram que a melhora não foi tão fundamental como a gente imaginava. Outros municípios brasileiros têm políticas públicas muito melhores do que a de Campos e Macaé, por exemplo, que são os municípios que mais recebem royalties do petróleo.´

BBC Brasil - Um dos argumentos para uma maior cota dos royalties às cidades produtoras é de que elas precisam ser compensadas pelo fato de que um dia o petróleo vai acabar. Além disso, essas localidades teriam que gastar mais com infraestrutura e proteção ambiental...

Paiva - Na verdade, a discussão dos royalties já perdeu relação com o fato de o bem ser finito. Esse é um debate muito complicado. Há 30 ou 40 anos as pessoas falam que o petróleo é escasso. E aí a gente vai descobrindo o pré-sal, outras fontes, e as reservas estão aumentando cada vez mais. O debate não está mais aí. O debate dos royalties é uma compensação financeira, que já foi julgada pelo Supremo, das mudanças feitas pela Constituição de 88, da não cobrança do ICMS na origem dos recursos do petróleo. Isso faz toda a diferença, inclusive para inviabilizar a emenda Ibsen.

BBC Brasil - E quanto à compensação em função de um maior risco ambiental?

Paiva - Esse argumento não faz sentido. O argumento final é o da compensação pelo ICMS, definido pelo Supremo. No caso da Bacia de Campos, estamos falando de plataformas que
estão a 150, a 200 quilômetros da costa. Não é questão de impacto ambiental. Boa parte desses recursos e a totalidade, no caso do pré-sal, vem de alto-mar. O debate não é ambiental, é uma compensação financeira mesmo.

BBC Brasil - Mas essas cidades, em tese, têm que lidar com alguns problemas em função da exploração do petróleo, não?

Paiva - Não. No caso de Macaé, houve um crescimento explosivo da cidade. E você multiplica muito rapidamente a população. Essa pessoa acaba indo para a periferia, vai ocupando áreas de impacto ambiental. E o prefeito não coibiu. E muitas vezes esses lugares foram curral eleitoral. Todos os municípios da região são dominados por alguns grupos. Claro que falta infraestrutura. Mas todas as coisas que foram feitas para atrair esses investimentos para região, foram investimentos federais. A pesquisa de petróleo é federal. E quem está colhendo os benefícios são essas cidades. Tanto em Macaé, como em Campos, o que se tem é uma falta de planejamento urbano.

PARALISAÇÃO AMANHÃ NA UENF

CARTA DA ADUENF

Além de divulgar a carta da ADUENF, o prof. Hamilton Garcia convida para coletiva para imprensa e blogueiros, nessa 3ªf de paralisação (23/03), às 14h, na sala de conferência do CCH (1º andar).
A Luta da UENF
A universidade se tornou o principal foco de esclarecimento e progresso das sociedades ao longo dos séculos. Nos países ricos, o circuito sociedade-universidade-produção se mostrou a mola mestra do desenvolvimento. Nos países remediados, como o nosso, tal circuito ainda sofre os constrangimentos de um Estado bacharelesco e um empresariado sem apetite para investimentos em C&T. Ao lado disso, não se conhece país pobre que tenha se desenvolvido exclusivamente por causa do petróleo. Ao contrário, é comum vermos países produtores afundarem em guerras e conflitos sem serem capazes de construírem uma base moderna de pesquisa e produção.
A nossa campanha de aumento salarial visa repor perdas inflacionárias, superar a defasafem média em face das universidades federais, reverter o quadro da baixa atratividade dos nossos salários iniciais, mas também colocar as coisas em seu devido lugar. Olhando-se a remuneração média do setor público, o que se percebe é que a educação, declarada como prioritária nas eleições, se transforma em quase nada durante os governos ao passo que as carreiras burocráticas se transformam em quase tudo, não obstante nosso sistema administrativo seja quase nada em matéria de eficiência.
É preciso reverter esse quadro, pois somos nós que formamos os quadros mais qualificados do país. A hipotética "escassez de recursos" por causa da redistribuição dos royalties é apenas a nova justificativa para uma velha tendência: a de sonegar investimentos em setores de longa maturação, que não geram impacto eleitoral imediato nem oportunidades para os famosos "caixas de campanha".
Quando dizemos 82% de reposição salarial, na verdade, estamos clamando por um giro de 180 graus na direção das nossas prioridades públicas. Em outros termos, lutamos por nossos salários também como um modo de inverter a lógica dominante e passar a tratar o investimento público em educação e inovação como prioritários em relação aos supergastos com juros, com a burocracia ineficiente e com a corrupção.
ADUENF(Campos do Goytacazes, 22 de março de 2010)

A ENTREVISTA NA MULT TV

A entrevista na MULT TV será apresentada amanhã às 16 horas e reprisada às 21 horas. Foram gravados quatro blocos onde o repórter Herval Machado abordou os mais variados temas, dentre eles Educação municipal e estadual, militância sindical e partidária, família, política nacional, etc.

A conversa fluiu de modo agradável e tranquilo. Agradecimentos pelo espaço à Gustavo Oviedo e à Herval Machado.

Amanhã vamos conferir!!!
(canal 8 VIA CABO)

DEBATE ACALORADO

Avalio que o debate na Rádio Cultura, hoje pela manhã, foi positivo. Eu e o Profº Amaro Sérgio tivemos a chance de apontar os "buracos" do Plano que requer a apresentação de emendas, que serão encaminhadas através do SEPE à Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, para que esta encaminhe para votação.

Os pontos apontados por nós, com crítica intransigente,foram:

1- A exclusão do parágrafo que versa sobre remuneração salarial sujeita a avaliação;
2- Inclusão do organograma para os funcionários admistrativos, pois apesar das terceirizações, os auxiliares de secretaria, concursados, ficaram de fora do Plano;
3- A criação do cargo de Pedagogos Supervisores deixou de fora os Psicopedagogos;

Ainda falamos sobre a falta de transparência do Fundeb, cuja lei prevê que 60% do fundo devem ser destinados ao pagamento de Professores, com valor discriminado no contracheque, o que não acontece em Campos por mais que já tenha sido solicitado.

O debate ia bem até que, a Vereadora Odisséia, também presente, começou a fugir da pauta, falando inverdades as quais tive que rebater. Não podia deixar a Vereadora usar seu discurso eloquente para tentar manipular a opinião pública conforme prática recorrente. Apesar disso, valeu a pena, pois contribuiu para esclarecer algumas situações.

MULT TV, CANAL 8 DA VIA CABO

Hoje às 15 horas estarei numa entrevista sobre Educação na Mult TV ( canal 8 da VIA CABO) a convite de Gustavo Oviedo.
Até lá!

RÁDIO CULTURA

Hoje às 11 horas estaremos, eu e o Profº Amaro Sérgio, participando de um debate sobre Educação na Rádio Cultura.
Confiram!

domingo, 21 de março de 2010

PEDAGOGOS

No D.O. do dia 06/01/2010, página 3, consta a criação do Cargo de Pedagogo Supervisor, contemplando exatos 92 profissionais.
Lembro-me que a insatisfação dos pedagogos no dia votação do Plano de Cargos e Salários na Câmara,em 15/12/2009, foi o fato do Plano ter sido aprovado sem que antes tivesse sido criado o cargo de Pedagogos e Psicopedagogos a fim de garantir a estes a equiparação salarial com demais técnicos, tais como Assistentes Sociais e Psicólogos. Entretanto, ao que parece nem todos foram contemplados já que, o número de profissionais nesta situação passavam de 200.
Se somente 92 tiveram o cargo criado e os demais?
Fui instigada a confirmar o fato devido a algumas denúncias recebidas.
A Vereadora Odisséia foi veemente ao afirmar que está pauta estava superada e pelo visto a solução foi parcial.
Solicito dos profissionais que por desventura se encontram inseridos neste contexto que façam contato urgente através do e-mail do Blog para agendarmos um encontro a fim de nos mobilizar para tentar corrigir este absurdo.

ÍNDIO TUPI DIALOGA COM OS TAMOIOS DO RJ SOBRE CUBA

Aqui do Alto Xingu, os índios consideram visões mais abertas e íntegras as que vêem o óbvio, ou seja, que Cuba não tem condições de abrir o regime e convocar eleições livres em pleno estado de guerra que os Estados Unidos, desde 1961, mantem com o país, configurado pelo embargo, bloqueio econômicos — reiteradas vezes condenados pela ONU como atentado aos direitos humanos do povo cubano — e pela guerra secreta — sabotagens, tentativas de assassinatos e outras ações terroristas, empreendidas durante cinco décadas por organismos secretos-norteamericanos e pela máfia cubana de extrema direita de Miami, que apoiou decisivamente o golpe da eleição presidencial norte-americana de 2002.

Ao longo dessas cinco décadas até 2008 ocorreram 713 atos de terrorismo na ilha, que vão de sequestros e explosões de aviões, navios mercantes e de passageiros e barcos de pesca e de patrulha a bombardeio de plantações, armazéns, usinas energéticas e indústrias e até a contaminação das exportações de açúcar nos portos, organizados e financiados a partir do território norte-americano e países satélites do Caribe, com um saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados, sem mencionar a explosão em pleno vôo de um avião de passageiros da companhia Cubana de Aviación, em outubro de 1976, que matou 76 pessoas, o ataque contra o Hotel Guitart, em Cayo Coco, contra o Hotel Meliá las Americas, em Varadero, estes ultimos visando prejudicar o fluxo de turistas para a ilha, bem como as mais de vinte e cinco tentativas de assaassinar/envenenar o Premier local.

O resultado disso foi a produção de milhares de vítimas entre a população, que sofreu as piores consequências da guerra encoberta e não declarada contra o governo local, daí resultando a proliferação de hepatite e outras enfermidades, como pancreatite, febre tifóide, varicela, gripe, disenteria, difteria além da morte por insuficiência de milhares de nascituros colocados em incubadoras.

Os bem informados do blog deveriam saber que a crise dos mísseis em 1962, resultante do bloqueio naval da ilha, resultou puramente da estratégia eleitoreira do então Presidente norte-americano. Como disse Luiz Alberto Moniz Bandeira, em seu livro: “De Martí a Fidel: A Revolução Cubana e a América Latina”: “Ele (Kennedy), contudo, colocou o mundo à beira do holocausto com o objetivo de obter ganhos na política interna dos Estados Unidos, para que o Partido Democrático fizesse a maioria do Congresso nas eleições de novembro, e compensar a humilhação que sofrera com a derrota na Baía dos Porcos…” Ainda, logo adiante, acrescenta o autor: “A política interna – John Kenneth Galbraith, embaixador dos Estados Unidos na Índia àquela época, reconheceu – foi o fator mais importante na decisão de impor o bloqueio naval a Cuba.”

A propósito dos refugiados nas embaixadas e consulados, a representação local do Uruguai a eles se referiu como “a maioria da pior espécie”; na do Brasil, onde foram com eles encontrados armamentos pesados, o embaixador Sebastian Pinto referiu-se a eles igualmente como “…muitos dos quais são da pior espécie”, um dos quais já havia assassinado outro a pauladas dentro da própria embaixada brasileira, a ponto do embaixador haver solicitado ao Itamaraty o envio de policiais brasileiros: “Por absurdo que possa parecer todos corremos neste momento grave perigo de vida.” Os supostos dissidentes já haviam assassinado um Conselheiro da embaixada do México, já haviam cometido três assassinatos na embaixada do Equador, dois na do Uruguai e dois na do Brasil.

Apesar dessas agressões, o governo da ilha, mesmo depois do bloqueio naval decorrente da crise dos mísseis de 1962, libertou 1.113 prisioneiros capturados durante a invasão da Baía dos Porcos e autorizou e facilitou a partida para os Estados Unidos de cerca de 1.000 parentes dos invasores, como libertou numerosos presos políticos, inclusive condenados a longas penas.

Em entrevista a Lisa Howard, da cadeia de televisão norte-americana ABC, o Premier manifestou, em 10.5.1963, a disposição de negociar a indenização das empresas norte-americanas expropriadas, como a seguir uma poilítica de paz “para com todos os países da América Latina.” A reação do Império foi aprovar, em 19.6.1963 um novo programa de sabotagens contra os maiores segmentos da economia da ilha, com o propósito de provocar o descontentamento contra o governo local. O fato é que o Império não queria que a ilha fosse um “case” de sucesso do socialismo na América Latina

As visões mais abertas e integras não perceberam que o próprio presidente norte-americano à época fora assassinado pela Máfia local, em conluio com os refugiados cubanos e empresários da extrema direira norte-americana, sem descartar a colaboração de serviços secretos locais, inconformados com a postura daquele ex-presidente por ocasião da invasão da Baía dos Porcos e da crise dos míssseis. À época, a mídia militante servil ao Império divulgou boato de que o assassinato havia sido tramado pelo Premier da pequena ilha, numa tentativa de levantar o clamor da opinião pública em favor da invasão.

Outro inaceitável para o Império foi o ex-presidente do Chile, eleito em 1970, mas cuja deposição foi decidida nessa ocasião e executada posteriormente em setembro de 1973, juntando-se, assim, com sua morte, aos assassinatos e deposição de outros dirigentes como Patrice Lumumba, Kwame Nkruma, Suharto, Goulart, etc. etc…

Os esquecidos da História deveriam recordar que, em 1979, tal como fiozera em 1965, o Premier da ilha abriu o porto de Mariel para que cerca de 40.000 pessoas saíssem do país, fato que alarmou o governo norte-americano, pois muitos “soi-disant” dissidentes eram ladrões e criminosos comuns, libertados então da prisões, circunstância que levou o governo norte-americano a despachar em missão secreta à ilha um emissário para negociar – pasmem blogueiros – o retorno à ilha dos criminosos despachados para a Flórida. O Império agora recusava a abrigar os refugiados…

De outro lado, os iluminados do blog deveriam ter visto também as 152 execuções que o então governador do Texas, e antecessor do atual Presidente, executou durante seus seis anos de governo, mais do que qualquer outro governador na história dos Estados Unidos, país que possui o maior número de prisioneiros em todo o planeta, sem mencionar as 740 bases militares ao redor do mundo e os centros de tortura terceirizados pelo Mundo, a fim de garantir a ferro e fogo a hegemonia do Império.

Os bloguistas com visão imparcial deveriam ter estudado melhor História para perceber que, desde o início dos anos 1960, os sabotadores pretendem transformar as embaixadas e consulados estrangeiros como base de operações para seus ataques de sabotagem, conforme informou o Embaixador brasileiro Sebastian Pinto àquela época: “Por absurdo que pareça, eu mesmo fui sondado sobre a possibilidade de garantir, previamente, asilo aos que participassem de campanha de sabotagem.”

As visões mais abertas e integras não notaram que, em 2008, apesar desse cerco de ferro, o regime cubano, em 2008, comutou todas as condenações à morte, transformadas em prisão perpétua ou por 30 anos, com exceção das que foram ditadas contra três pessoas culpadas de atos de terrorismo. Na ocasião, dissde Raul Castro, “no podemos desarmarnos frente a um imperio que no cessa de acosarnos y agredirnos. El terrorismo contra Cuba ha gozado de total impunidad en los Estados Unidos. Se trata de um verdadeiro terrorismo de Esdtado.


Quem quiser saber um pouco mais, basta ler o livro “De Martí a Fidel: A Revolução Cubana e a América Latina”, de Luiz Alberto Moniz Bandeira, começando pela leitura da reprodução, ao final do

livro, de documentos oficiais secretos, do governo norte-americano, recentemente liberados, dando conta da engendração de vários pretextos que justificassem a invasão de Cuba pelas forças armadas norte-americanas, como parte de um plano secreto para derrubar Castro, que incluíam a promoção de atentatos terroristas em Miami, a simulação de assassinatos de exilados cubanos nos Estados Unidos, a encenação de um ataque à base naval de Guantánamo, a explosão de um avião norte-americano, etc, naquilo que James Bamford, em seu livro “Body of Secrets” descreveu como “the most corrupt plan ever created by the U.S. government”.

Aqui do Alto Xingu, os índios jamais assistiram a essas preocupações humanitárias cínicas e hipócritas do partido militante da midia neoliberal e de seus subintelectuais midiáticos, tipo Merval, Mainardi, et caterva:


a) ao longo dos quase 30 anos da sanguinária ditadura de Batista — que apenas nos seus últimos sete anos assassinou cerca de 20 mil pessoas –, patrocinada pelo Império até a sua queda em 1958, período em que cerca de 1,5% dos proprietários de terra, nacional ou estrangeiros, possuíam 46% da área do país, e cerca de 70% apenas 12%;

b) ao longo de quase um século que o Império mantem na ilha, à revelia do povo e governo locais, uma base aero-naval para controlar os países do Caribe, a rota do Canal do Panamá e o Norte da América do Sul;

c) quando, em 1959, o Império decidiu impor o bloqueio econômico da ilha — lançando-a virtualmente nos braços da União Soviética — fazendo com que, do dia para a noite, perdesse um mercado que absorvia 65% de suas exportações — quando estas representavam 30% do PIB — e que lhe fornecia cerca de 60% de suas importações, medida essa retaliada pelos novos dirigentes com a nacionalização das empresas do Império;

d) quando, desde 1960, o Império decidiu informalmente recrutar e treinar dissidentes, inclusive com o apoio da Máfia, para futuras operações de guerra na ilha, política que se tornou oficial a partir de 1961, com o firme propósito de derrubar o regime ali vigente, do que resultou a morte de milhares de habitantes, que sofreram as piores consequências da guerra não declarada e do bloqueio econômico;

e) quando, naquele ano, o Império aconselhou suas empresas petrolíferas na ilha a não refinarem o petróleo que o novo governo fora forçado a importar do Leste europeu, pressão exercida também sobre os armadores Onassis e Niachos para não fornecerem navios-tanques para seu transporte;

f) quando o férreo bloqueio da ilha foi ainda apertado por ocasião da débâcle dos países do Leste europeu, os quais constituíam a principal alternativa de comércio para a ilha (80% de seu comércio exterior era com aquela região): o poder aquisitivo caiu 60% e as necessidades de racionamento sequer davam para atender as necessidades de sustento das famílias (o fornecimento de petróleo e derivados desapareceu, parando fábricas e instalações energéticas);

g) quando, em decorrência do bloqueio genocida — destinado a vingar a única derrota do Império na América Latina, na fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos — a queda do PIB atingira cerca de 35%, em 1989, gerando a falta de antibióticos, de artigos de limpesa e antiviróticos, o que causou grande número de mortes por infecções e ataques de vírus;

h) quando o efêmero governo golpista da Venezuela ordenou, em 2002, a interrupção do fornecimento de petróleo à ilha, atendendo aos interesses do Império, que pretendiam sufocar a pequena ilha;

i) quando mafiosos sequestraram e levaram para o Império um menino, onde o mantiveram por sete meses, até que a Corte Suprema ordenasse a devolução da criança ao pai, que vivia na ilha;

j) quando um governo de um pequeno país, vítima de ataques e sabotagens de toda espécie, não se vê em condições de baixar a guarda em pleno estado de guerra que o Império lhe impôs desde 1961; e

k) quando, desde 1960 até fins de 1908, ocorreram 713 atos de terrorismo na ilha, 56 dos quais a partir de 1990, organizados e financiados a partir do Império, com um saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados, sem mencionar as dezenas de milhares de mortos e mutilados vítimas do genocídio representado pelo bloqueio econômico ao longo de meio século.

Só os néscios, os hipócritas e os cínicos se recusam a reconhecer o esforço inaudito e heróico que o povo dessa pequena ilha faz para manter sua soberania, quando se sabe que conta com minúscula população, de apenas 11,2 milhões de habitantes, mas decididamente imbuída de imenso patriotismo, a ponto de cerca de a metade estar armada para sua defesa, frente a um Império, ao lado, com quase 300 milhões de habitantes , PIB de US$ 14 trilhões e uma capacidade de destruir o planeta mais de 10 mil vezes;

Só os fariseus e cães de guarda do Império não enxergam o ÓBVIO: frente à agressão diuturna do bloqueio econômico, financeiro e militar imposta pelo Império à pequena ilha – que configura flagrante atentado aos direitos humanos de seu povo e fulgurante violação de leis internacionais – seu regime, por uma questão elementar de defesa da soberania, não pode ser uma democracia à moda Suíça, Filandesa ou Suéca, e que, por isso, cerca de 5,5 milhões de seus habitantes estão armados.


“Não pergunte por quem os sinos dobram.

Eles dobram por nós”

(John Done)

FONTE http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/
Tags: CUBA, FIDEL, PCB, PCC

CAMARADA NINA ARUEIRA: PRESENTE!

Há exatamente 75 anos, falecia a jovem Nina Arueira. Trazemos abaixo um pouco de sua trajetória.
As gerações jovens precisavam ter contato com a vida e a obra de Nina Arueira, uma das maiores campistas deste século. Maior, porque viveu antes de seu tempo. Numa época em que predominava o conservadorismo, Nina surgiu em Campos como uma revolucionária das idéias. Morreu com 19 anos, em 18 de março de 1935.
Estudou no Grupo Escolar João Clapp e no Liceu de Humanidades de Campos. Não chegou a concluir o Normal mas, se posicionou na história, muitos anos luz à frente de todos nós.
O nome NINA ARUEIRA é fruto de um pseudônimo, porque o nome de batismo era Maria da Conceição Rocha e Silva. De seu apelido na intimidade que era “pequenina” e do sobrenome do pai, Arueira, formou um nome muito forte e que viria a ser conhecido em muitos lugares fora de Campos.
Em época de fortes preconceitos, quando se iniciavam os anos 30, tempos revolucionários de Vargas, de tenentismos, de vitoriosas manifestações machistas, ela desponta no cenário cultural da cidade e consegue espaço no Jornal “Monitor Campista”, no qual militava a nata da cultura da época, aparece Nina, revelando talento, novas idéias, liderança, principalmente para as mulheres.
Em 1931 já publicava poemas, onde versos sem conta mostravam a profundidade do seu espírito, sua maturidade, sua evolução e a formação moral de que se revestia.
Certa vez escreveu: “Encontrei meu amor no caminho do mundo... Abri minha alma inteira para lhe dar guarida. E pelo amor de amar o trouxe para a vida”.
Com poesias, artigos e palestras, Nina passou a ser conhecida, na capital cultural do estado. Talvez por isso mesmo, começou a ser olhada de forma inversa pelo conservadorismo.
Foi acusada de comunista porque defendia idéias mais liberais para as mulheres. Sustentava que estas deviam criar associações onde pudessem se defender contra a exploração do trabalho, do preconceito, da liberdade. Disse Evaristo Penha, talvez o único biógrafo da nossa destemida Nina, que quando ela pegava um bonde de retorno à casa ou indo ao centro da cidade, muitas pessoas que a conheciam, costumavam se afastar e mudavam de lugar para não ter contato com “esta comunista”. Ela sempre pensava, como são retrógrados e ignorantes esses indivíduos. Nina Arueira era altamente espiritualizada. Um passo à frente para a mentalidade de então. Ela escreveu o seguinte conceito de Deus:
“Deus é o oceano interminável e nós somos cada qual um mediterrâneo nas reentrâncias da terra”.
Os que não entendiam Nina e até os que ainda hoje comentam Nina, supõem que ela era realmente uma comunista porque não aceitava e não admitia a desigualdade entre os homens e sonhava com um bem-estar coletivo. Em verdade sonhava com uma sociedade fraterna, com esperança de ver com seus próprios olhos, um mundo melhor. A busca desse ideal não podia ser compreendido por uma sociedade como a daquele tempo. Inclusive seus parentes mais próximos.
O professor Waldir Carvalho em seu livro “Gente que é nome de rua”, fala com muita propriedade que Nina Arueira se preocupava muito com os valores interiores. Por isso mesmo, ainda jovem, ligou-se a uma Sociedade Teosófica do Brasil, uma instituição de caráter espiritualista.
Deve ter sido muito difícil para aquela jovem dos anos 30, fazer com que suas idéias espirituais, sua sensibilidade poética, sua lucidez, sua capacidade de perceber o futuro, encontrasse espaço soberano, no meio machista e conservador de uma época complexa da vida do país. Mas ela lutou, atravessou as divisas de sua terra, avançou em direção a outros estados através de suas publicações em revistas poéticas e jornais.
A considerada comunista Nina Arueira, pouco tempo antes de morrer escreveu: “Deus é uma força infinita, e nós somos, cada qual uma força. Expanda-se, porque Deus está muito além da simples crença e o coração muito além da inteligência”.
Maria da Conceição Rocha e Silva ou NINA ARUEIRA lutou o bom combate. Ultrapassou as mulheres de sua geração e até hoje ainda é lembrada, enquanto os medíocres desapareceram na poeira do tempo, junto com suas discriminações.
Que as mulheres campistas relembrem NINA, nos gestos, nas atitudes, na grande elevação moral, na espiritualidade, que a levou para os planos do espírito, de onde ainda vela e inspira sua terra que ela gostaria de ver livre, espiritualizada, coberta de fraternidade, destacando apenas a beleza e a capacidade da “Mulher Campista”.

Confira abaixo dois dos mais belos poemas de Nina Arueira:


“Encontrei meu amor no caminho do mundo...
Abri minha alma inteira para lhe dar guarida.
E pelo amor de amar o trouxe para a vida.

Meu amor infinito é mais que um sentimento...
É um espírito de luz no espírito de ânsias
Que tenho dentro de mim...
É uma vida votada a um grande sonho
E acorrentada a uma grande e real ilusão!

Meu amor infinito
Não pode ser de um só!
E pelo amor de amar
Amo a vida e os homens
E os universos todos...

Meu amor infinito,
Por ser tão infinito,
Não pode ser compreendido por um homem...
Porque se amo a vida, e toda a vida,
E as criaturas todas,
Um ente só seria um quase nada
Para satisfação do meu amor...

E por ser o infinito, meu amor é um céu,
Que cerca todo o céu, e cerca toda a terra,
E venturas e dores, tristezas e alegrias,
E noites de procelas e luar, e interminíssimos dias...
Só pelo amor de amar...”
(Nina Arueira).

“Meu espírito vibrou na mudez da matéria...
Minha alma se exaltou na vibração da luz...
Eu vivi sobre a terra na espiração sidérea
De tocar com a minha alma a lira de Jesus...

Da vida não vi mais que a enganosa aparência,
Fictício tesouro que a mim não seduziu,
Porque meu coração era feito da essência
Evolada do céu e para o céu subiu.

O mundo veio a mim cheio de adulações...
E o mundo e a sua corte, altiva, repeli...
Não conheci da vida as tristes ambições,
Mas, a ambição de lá feliz, eu conheci...”
(Nina Arueira).


(Texto do Prof. Jorge Renato Pereira Pinto)
(Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro)
Postagem: Leandro Lima Cordeiro.
Postado por Instituto Historiar