Sobre o recorde da carga tributária
A carga tributária alcançou o percentual recorde de 36,27% do PIB em
2012, somando R$ 1,59 trilhão. Os dados, do Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário (IBPT), são fonte do Olhar Comunista dessa segunda.
Alguns números que destacamos do IBPT:
- Nos últimos dez anos, a carga tributária cresceu 3,63 pontos percentuais;
- Em 2012, cada brasileiro pagou em média R$ 8.230,31, contra R$ 7.769,94 em 2011 - alta de quase 6%;
- A arrecadação para o INSS registrou
maior evolução, de R$ 30,73 bilhões em relação a 2011. O ICMS vem em
segundo lugar, com R$ 28,48 bilhões, seguido da COFINS, com R$ 16,39
bilhões; e
- O Imposto de Renda, com R$ 14,33 bilhões, aparece apenas em quarto lugar.
A grande imprensa e o empresariado "faz
lenha" sobre o resultado global, induzindo a população a se colocar
contra os impostos. O que eles "estranhamente esquecem", e tais dados
comprovam, é que a arrecadação taxa sobretudo a parcela mais pobre da
população, através do consumo de bens; e que 50% dos recursos
arrecadados vão direto para o bolso dos financistas através dos juros e
amortizações da "dívida" pública.
Para que consigamos reduzir os impostos
sem perdemos o pouco que resta dos serviços públicos, é preciso parar de
pagar os serviços da dívida. Redução da carga tributária, sem essa
finalidade, significa escolas, hospitais e demais serviços públicos
ainda mais precarizados - enfim, piora na qualidade de vida da
população.
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