sexta-feira, 23 de julho de 2010

CONTRA O FECHAMENTO DA FÁBRICA!!!

ESTATIZAÇÃO DA FÁBRICA SOB CONTROLE OPERÁRIO!!!

Em 16 de julho, cerca de 200 pessoas manifestaram seu apoio aos trabalhadores da Flaskô, fábrica ocupada pelos trabalhadores há sete anos. Essa manifestação foi uma resposta dos trabalhadores da fábrica, bem como dos partidos de esquerda e dos movimentos populares da região, à decisão do juiz André Gonçalves Fernandes, da 2ª Vara Cível de Sumaré, estado de São Paulo, que em 1º de julho decretou o fechamento da fábrica.

Mais do que uma decisão embasada em argumentos técnicos, a decisão do referido juiz possui um fundo político. Este mesmo Juiz afirmou no ano passado, diante de uma ocupação do MTST na mesma cidade de Sumaré, que esta organização junto com o MST e a FARC, “fazem parte da Via Campesina, uma organização terrorista internacional”.

Para quem não conhece, a Flaskô foi ocupada pelos trabalhadores em 12 de junho de 2003, ante a possibilidade do fechamento da empresa e dos trabalhadores perderem o seu emprego. Ao longo desse período muitas conquistas foram garantidas, como jornada de trabalho de 30 horas, criação de uma estação de rádio comunitária (Rádio Luta), ocupação de um terreno para a formação da Vila Operária e criação da Fábrica de Esportes e Cultura, projeto mantido pela fábrica ocupada que se destina a criar um espaço de lazer e cultura para a juventude pobre e proletária de Sumaré.

A tentativa de fechamento da Flaskô, portanto, é um ataque a uma série de conquistas garantidas pela luta dos seus trabalhadores. Fechá-la é uma forma do capital, aliado ao aparelho judicial, de inibir experiências que ao aliarem a produção material com a cultural, demonstram a viabilidade de uma sociedade onde não haja exploração e opressão.

O Partido Comunista Brasileiro, junto a outros partidos de esquerda e organizações sindicais e populares, se fez presente com seus militantes na manifestação em apoio aos companheiros da Flaskô.

Graças à resistência dos companheiros e à pressão dos aliados, em 15 de julho o mesmo juiz que decretou o encerramento da empresa aceitou rever sua posição. De qualquer maneira os companheiros se mantêm em guarda contra novos ataques e reafirmam a necessidade de estatização da fábrica sob controle operário.

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