O governo do Brasil não reatará relações diplomáticas com Honduras enquanto o ex-presidente Manuel Zelaya estiver sob ameaça de ser preso caso volte ao país, informou o Ministério das Relações Exteriores. Desde o golpe militar que tirou Zelaya da presidência, há um ano e um mês, o Brasil mantém apenas um representante comercial em Tegucigalpa, hoje o ministro Zenik Krawctschuk.
De acordo com o Itamaraty, o Brasil não reconhece o governo de Porfírio Lobo, eleito presidente em novembro, como não reconhecia o de Roberto Micheletti, que substituiu Zelaya após o golpe militar. No entanto, reconhece o Estado de Honduras, por isso a manutenção no país de um representante brasileiro.
O Itamaraty informou ainda que Porfírio Lobo tem posição muito semelhante à adotada pelo Brasil, pois defende a volta de Zelaya e a suspensão de todos os processos abertos contra ele. Segundo o governo brasileiro, há informações de que Porfírio Lobo teme sofrer um golpe por parte dos mesmos que depuseram Zelaya, o sequestraram de pijamas e o deixaram na Costa Rica.
Ontem, o Ministério de Relações Exteriores do México informou que o país normalizou suas relações com Honduras, rompidas após o golpe de Estado, segundo a agência de notícias Dow Jones. O México instruiu seu embaixador em Honduras, chamado de volta após o golpe, a "retornar para Tegucigalpa e retomar suas funções diplomáticas no início da próxima semana", informou o ministério.
A decisão foi tomada pouco depois de o ministério ter recebido um relatório de uma comissão formada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para examinar a situação atual em Honduras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário