LANÇAMENTO DE DOCUMENTÁRIO SOBRE O PERÍODO DA DITADURA MILITAR: Eu me lembro
"Eu me lembro daquilo que não vivi, porque
me contaram".
Alfredo
Bosi
Eu me lembro é um documentário, com direção de Luiz Fernando Lobo, que
se engaja no propósito de reescrever a história dos Anos de Chumbo no
Brasil a partir dos depoimentos dos derrotados pelo golpe de 1964/68.
Dando voz aos perseguidos políticos pela ditadura golpista, o filme traz
para o debate o tema do direito à memória, à verdade e à justiça.
O filme acompanha a trajetória da Comissão da Anistia na implantação do
conceito de "Justiça de Transição", nesse período que vivemos de
reconstrução democrática e de implantação do conceito de "reparação",
quando cabe ao Estado brasileiro, numa experiência única e inédita
mundialmente, o papel de pedir desculpas à todos aqueles que em outro
momento perseguiu, transformando decisivamente suas vidas.
Além de trazer à luz vários documentos que reescrevem essa história, o
documentário é ele mesmo uma peça da nova história brasileira, dando
vida a diversas histórias, mostrando depoimentos e audiências públicas.
Eu me lembro mostra o processo de anistia de diversos perseguidos pelo
regime de exceção, como Carlos Marighela, Glauber Rocha, José Celso
Martinez Correa além de filhos, viúvas, companheiras, companheiros,
pais, mães e a milhares de pessoas a quem o Estado Brasileiro pediu
desculpas pelos erros do passado recente.
O filme é o primeiro longa metragem de Luiz Fernando Lobo, com textos de
Hamilton Pereira, tem edição de Tuco, trilha original composta por
Felipe Radicetti, participação especial de Fernanda Montenegro na
narração, produção de Tuca Moraes e coordenação geral e idealização de
Daniel Souza.
O filme foi realizado pela X-Brasil e pelo Instituto Ensaio Aberto com
recursos do Projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia, do
Ministério da Justiça.
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