segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Querem destruir a Petrobrás


29 NOVEMBRO 2013 
No texto que segue, o diretor do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, repudia as artimanhas que visam destruir a Petrobrás. Uma dessas tentativas foi feita pelo Valor Econômico, edição de 26/11
Em sua edição de 26/11, uma grande armação foi divulgada pelo jornal Valor Econômico - uma publicação patrocinada pelos jornais  O Globo e a Folha de São Paulo. A armação visa destruir a Petrobrás. Segundo o Valor Econômico, a “ Petrobrás tem a pior situação da década e precisa de reajuste”.
Qualquer pessoa isenta e que conheça um pouco de matemática, sabe que a Petrobrás tem a melhor situação econômica nos seus 60 anos. As presidentes da República, Dilma Rousseff, e da Petrobrás, Maria das Graças Foster, montaram um Plano Estratégico de mais de US$ 300 bilhões de investimentos, que não é para servir aos brasileiros e sim para desestabilizar economicamente a empresa, para justificar a entrega de nosso petróleo nos leilões da Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a venda de ativos que na verdade é a “privatização branca” da Petrobrás.
A Petrobrás já é autossuficiente na produção de petróleo, não precisa desse investimento gigante que parece ser para sufocar a empresa. Com essas artimanhas, já entregamos 60% do campo de Libra à duas empresas estatais chinesas, à Shell (Hollanda e Inglaterra) e à Total (França).  E Dilma disse na campanha para a Presidência (2010) que privatizar o pré-sal era “um crime” e que ele era “nosso passaporte para o futuro”.
A presidente da Petrobrás, Graças Foster, já entregou ativos da Petrobrás através do que ela chama de “desinvestimentos” para o magnata Eike Batista; 40% do campo gigante BS-04 na bacia de Campos e a bacia Potiguar à British Petroleum (BP), entre outros ativos. E a venda de ativos sempre acontecem junto a esse tipo de manipulação, como agora divulgada pelo Valor Econômico.
Contando o pré-sal, a Petrobrás tem reservas da ordem de 60 bilhões de barris de petróleo. Considerando o preço do barril a U$$ 100, em media, tais reservas colocam a nossa Empresa em destaque em relação às concorrentes. Inclusive foi isso que levou a Agencia Internacional de Energia, em 2013, a eleger a Petrobrás a mais “brilhante” entre as empresas petrolíferas no mundo.
Uma vez que as reservas de petróleo da Petrobrás se mantém, o que levaria a Empresa a tal desvalorização? Artimanhas dessa natureza foram usadas por FHC para privatizar: ele depreciava as empresas estatais, para em seguida privatizá-las. Lamentavelmente, é isso que tem feito Dilma. Ela diz que leilão não é privatização; então é o que? Se essas reservas não se renovam e se esgotam, isso é privatização.
Agora o argumento é que a Petrobrás compra derivados no exterior por um preço maior do que vende no mercado interno. Um aumento no preço dos derivados favoreceria aos investidores e prejudicaria a sociedade. Ora, quem criou essa situação foi o próprio governo ao incentivar a venda de automóveis com isenção do IPI. Além disso, Dilma poderia cobrar dos usineiros um aumento na produção do etanol, para justificar com uma maior oferta a queda nos preços que justificaria o seu consumo, já que a ampla maioria dos carros fabricados no país são flex. E também, Dilma deveria cobrar das empresas distribuidoras de combustíveis participação no pagamento dessa conta. Por que a Petrobrás tem que arcar sozinha com toda a essa despesa?
Em seu livro, “ O petróleo é nosso”, Maria Augusta Tibiriça Miranda (que foi ativista da campanha “O Petróleo É Nosso”, afirma com muita lucidez: que a luta pelo petróleo não termina nunca!
Fonte: Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ.
http://apn.org.br/w3/index.php/reservas-estrategicas/6040-querem-destruir-a-petrobras

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