Dulcides Netto
O procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Campos, Eduardo Santos de Oliveira retomou nesta sexta-feira (15) a investigação sobre a denúncia de suposta incineração de pelo menos dez corpos durante a ditadura militar, com base em relato do ex-delegado do Departamento de Ordem e Política Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, em seu livro “Memórias de uma guerra suja”. De acordo com os relatos do livro, os corpos teriam sido incinerados na Usina Cambaíba, em Campos. Na tarde desta sexta, uma pessoa foi ouvida. Os depoimentos prosseguem na próxima terça-feira, dia 19.
De acordo com a assessoria do procurador, seriam duas testemunhas nesta sexta, sendo um guarda municipal, que trabalhou na usina na época, e um policial militar. Porém, o último se ausentou pela justificativa de problemas de saúde. Outras pessoas vão ser ouvidas na tarde da próxima terça-feira. “A investigação foi retomada nesta sexta-feira, pois surgiram novos fatos do caso”, disse a assessoria, que não informou detalhes do depoimento do então guarda municipal da época. Por questão de segurança, a assessoria não informou os nomes das próximas pessoas que vão ser ouvidas pelo MPF.
Em maio de 2012, quando a investigação foi instaurada, Eduardo Santos chegou a solicitar que sejam enviados ofícios à Comissão Nacional da Verdade e à Comissão Especial de Mortos Desaparecidos, pedindo informações e documentos relacionados ao caso. O procurador integra o Grupo de Trabalho (GT) Justiça de Transição. O GT, formado por procuradores da República, tem como objetivo promover a investigação das graves violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar no Brasil.
15/08/2014 19:06
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