02 AGOSTO 2014
CLASSIFICADO EM PCB - NOTAS POLÍTICAS DO PCB
(Nota Política do PCB)
Como o PCB vem alertando, o aparelhamento da repressão contra os movimentos sociais não era apenas para “garantir a ordem” durante a Copa do Mundo, mas porque a burguesia sabe melhor que ninguém que, com o aprofundamento da crise do capitalismo, a luta de classes vai se acirrar. Para tentar tirar mais direitos, evitar greves e manifestações, precisam de mais repressão, de um “estado democrático de direita”.
Como também vimos dizendo, não há risco de golpe de direita contra um governo que faz o jogo do capital e que defende a repressão contra as lutas populares, que se transformarão agora numa questão não só de polícia, mas de segurança nacional. O risco, em verdade, é de uma crescente fascistização do estado burguês brasileiro.
Leiam o relato oficial do encontro do Ministro da Defesa com os altos mandos militares, inclusive o Comandante do Exército (que transcrevemos abaixo). Usando uma retórica própria das ditaduras, alegam riscos, em nosso país, de “terrorismo virtual” e de atividades “similares a guerrilhas urbanas e rurais”. Reparem a última frase do comunicado:
"Antigos oficiais de inteligência e de operações especiais, hoje na reserva, estão sendo convocados para treinar nos novos quadros do CIE".
No ano que marca os 50 anos do golpe de 1964, que implantou uma sangrenta ditadura burguesa sob a forma militar, e durante um governo que se diz progressista e democrático, apesar de sustentado por setores de direita, instala-se um verdadeiro estado policial-militar, que criminaliza as lutas populares e a pobreza. E, como sempre, o clima propício à repressão é fabricado pela manipulação da mídia burguesa, que continua reinando absoluta, apesar dos 1 2 anos de governo petista.
As organizações políticas e sociais anticapitalistas devem manter sua unidade na luta e, longe de abandonar as ruas, devem aumentar a mobilização, a organização e a combatividade, contribuindo
para que os trabalhadores assumam seu papel de atores principais na luta de classes.
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Comissão Política Nacional
Exército remodela centro de inteligência para monitorar movimentos sociais
Leandro Mazzini
29/07/2014 08:50
O ministro da Defesa, Celso Amorim (CE), visita com o comandante do Exército, Enzo Peri (E) e oficiais o Centro de Guerra Cibernética, no último dia 10. Foto: ABr
Atualização Terça, 29, 12h25: Por ordem do Alto Comando, o Centro de Informações do Exército (CIE) vai se reestruturar por completo. Já começou a reforçar as áreas de inteligência e de contra-inteligência e, o mais relevante, volta a ter papel a área de operações. O alvo prioritário do novo CIE são os monitoramentos de movimentos sociais em ebulição nas ruas.
Outra decisão do Alto Comando é que haverá também investimento em tecnologia no Centro de Guerra Cibernética, cuja sede é em Sobradinho (DF),
diante da ameaça de terrorismo virtual na conjuntura atual.
A readequação era planejada há anos e surge na esteira da convulsão de atuações de black-blocs, sem-teto e sem-terra com atividades similares a guerrilhas urbanas e rurais, diante de provas de ligações destes grupos com organizações criminosas das grandes capitais.
Antigos oficiais de inteligência e de operações especiais, hoje na reserva, estão sendo convocados para treinar nos novos quadros do CIE.
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