domingo, 15 de abril de 2012

"CIDADE PETROLÍFERA"

Os acontecimentos que marcaram o dia de hoje na "cidade petrolífera" causaram revolta e indignação.

O cancelamento do Concurso Público representou prejuízo para a população campista em geral, pois os setores onde há carência de profissionais para atendimento continuarão caóticos.

Nas áreas de Saúde e Educação os problemas se avolumam ao limite do insustentável.

Na Educação são mais de 1600 vagas, embora o número de vagas apresentadas no edital do concurso seja muito inferior a este.

Não é novidade que a atual gestão municipal é avessa a concursos públicos e principalmente aos concursados. O interesse é aprofundar as terceirizações e contratar profissionais indiscriminadamente. Tanto que - apesar de todos os apêlos - os concursados para a educação em 2008 não foram convocados e houve recusa do governo municipal em prorrogar o prazo de validade do referido concurso.

A intenção na manutenção dos contratos através de empresas terceirizadas para este fim é nitidamente eleitoreira.

Foram tantas as ifalhas - algumas primárias - no concurso de hoje que desconfio que foi algo orquestrado.

Candidatos sem prova, provas sem lacre, cola eletrônica, oferta de gabaritos, espaço físico aquém do número de candidatos, etc. Enfim, uma confusão generalizada.

Foi a recusa da convocação dos concursados de 2008 para a Educação que gerou denúncia do SEPE ao Ministério Público Estadual e este, em audiência no final de 2011 determinou um TAC obrigando o governo municipal a abrir concurso no início de 2012. Conseguimos provar contratos irregulares na Educação e a carência exstente, em prejuízo do ensino público.

O Promotor que determinou o TAC na Educação foi o Dr. Marcelo Lessa.

Diante desta determinação, o governo municipal ficou numa situação difícil. Ou reconhecia o concurso de 2008 ou promovia novo concurso para a Educação. Penso que as demais áreas foram contempladas com sua inclusão no certame.

Na verdade o governo municipal não queria nenhum dos dois.

Por isso, os acontecimentos lamentáveis do dia de hoje não foi surpresa. Contamos com a intransigência do Ministério Público para garantir o concurso público.

A obrigatoriedade dos candidatos registrarem no cartão "CAMPOS, CIDADE PETROLÍFERA" além de ridicularizá-los, é motivo de constrangimento para os cidadãos campistas já que, o município com orçamento bilionário não oferecer garantias de qualidade de vida aos munícipes, constando dentre os piores na avaliação da Educação e da Saúde.

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