14 JUNHO 2014
CLASSIFICADO EM PCB - NOTAS POLÍTICAS DO PCB
A Comissão Política Regional (CPR) do PCB de São Paulo manifesta seu repúdio à violência da Polícia Militar do Estado praticada contra os manifestantes que realizavam ato de apoio à luta dos metroviários em repúdio as 42 demissões realizadas pelo governador Alckmin. Durante toda a manifestação, a PM mais uma vez demonstrou o seu comportamento truculento e provocador, ao iniciar gratuitamente a repressão, mediante o lançamento de bombas de gás lacrimogênio e efeito moral contra os manifestantes, incitando o pânico, de forma a justificar a repressão.
A repressão foi tamanha que, mesmo ao final do ato, quando os manifestantes já estavam caminhando em direção à estação do metrô Tatuapé, a PM tornou a agredir manifestantes, jornalistas e, inclusive, o nosso camarada Wagner Farias, pré-candidato a governador de São Paulo, foi alvejado com um tiro de bala de borracha à queima roupa, além de sofrer ferimento no antebraço esquerdo por fragmentos de bombas de efeito moral, lançadas a curtíssima distância. Consideramos inadmissível que este comportamento da PM seja realizado em pleno Estado de Direito, violando a constituição, sem a punição de qualquer oficial ou policial militar.
Esse novo ato de repressão em São Paulo vem mais uma vez demonstrar que, tato para o governo Alckmin, quanto para o governo Federal, é mais importante garantir os interesses da FIFA, das grandes empreiteiras e do grande capital a atender as reivindicações da população que sofre nas filas dos hospitais, que é atendida por um sistema de transporte precarizado e caótico, vivendo em péssimas condições de moradia nas periferias, com uma educação de baixa qualidade e
salários de fome.
Vale ressaltar que mais uma vez os meios de comunicação manipularam as imagens das manifestações com o objetivo de satanizar os coletivos e ativistas adeptos da tática black bloc, transformando-os em bodes expiatórios, de forma a colocar a população contra os manifestantes e criminalizar todas as formas de protestos e luta.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) entende que as manifestações são legítimas e representam a revolta dos setores mais marginalizados da população e dos trabalhadores contra o sistema e as classes dominantes, responsáveis pela tragédia social que o Brasil vive atualmente.
Comissão Política Regional de São Paulo
PCB- Partido Comunista Brasileiro
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