quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Voltamos às ruas, pela construção do Poder Popular


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Nos últimos meses, manifestações ganharam as ruas de todo o país. Questionavam não só a política econômica do governo federal como também as alianças políticas que sustentam governos (também os municipais e estaduais) e seus principais partidos: PMDB, PT, PCdoB, PSB, PTB, PDT e PP, entre outros.
Essas siglas hoje são porta-vozes de grandes grupos empresariais; algumas abandonaram um passado de lutas para, em nome do dito “pragmatismo”, fazer valer interesses pessoais e de grupos empresariais.
Tal prática aparenta quase um “empreendedorismo” político, no qual vale mais o político que, para garantir sua eleição, conseguir mais financiamento por parte do empresariado.
Esse modelo, que num primeiro momento atraiu os trabalhadores com a promessa de aumento do consumo através de facilidades no crédito, mostra agora - após uma década - sua perversa consequência de endividamento dos trabalhadores.
Para piorar, assim que a população iniciou os protestos os defensores da ilusão de que vivemos uma democracia (a base de sustentação do governo), seus chefes nos palácios colocaram todo o aparato de repressão em atividade. Desde então, o “castelo de cartas” que sustenta esse projeto político e econômico passou a ser posto em xeque.
...Outros, de forma oportunista, pretendiam pegar carona na insatisfação popular e se apresentarem como a solução dos problemas (PSDB e DEM), mas logo foram rechaçados nas ruas por seu posicionamento de classe e suas práticas corruptas. Mas continuam fazendo ouvido de mercador e buscam se articular com os “antigos novos” políticos, que se apresentam como “defensores da moralidade”, como é o caso do partido que se busca criar (REDE), mas escondem que seu principal financiador é o banco Itaú.
...Tudo isso demonstra a fragilidade do modelo político vigente, que possibilita as manobras de políticos oportunistas e carreiristas, e que agem à serviço da burguesia, dos patrões, do empresariado.
Um partido diferente, com uma política diferente
...Por isso o PCB defende a organização e a mobilização dos trabalhadores nas ruas, como a forma legítima e educativa de construção de um modelo político alternativo - que garanta o interesse dos que constroem a riqueza, os trabalhadores.
...A falência da “democracia representativa”, que tem no poder econômico sua condição e legitimação, transforma a maioria dos parlamentares e dirigentes em meros despachantes dos interesses de quem os financiou. Contra isso, propomos o Poder Popular. Defendemos:
- Livre direito de manifestação,
- Livre direito de organização por local de trabalho, estudo e moradia,
- Trabalhadores e classes populares decidam as políticas públicas,
- Política econômica voltada para os interesses dos trabalhadores,
- Educação voltada para a formação e emancipação intelectual,
- Saúde pública de interesse social,
- Congelamento da dívida interna, auditoria com controle popular;
- Recomposição das perdas salariais dos trabalhadores (da ativa e aposentados)
- Reestatização do patrimônio público entregue ao setor privado;
- Radical democratização dos meios de comunicação;
- Transporte público voltado ao interesse dos usuários,
- Desmilitarização da Polícia, com o fim da PM,
- Pelo Poder Popular!
Isso é a Democracia Direta. Isso é o Poder Popular! Essas são as propostas do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

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