O Olhar Comunista dessa quarta destaca a informação do Banco Central de que o nível de endividamento das famílias com os bancos avançou para o recorde de 44,52% em maio - sendo ainda o quinto mês consecutivo de alta. É um verdadeiro "espetáculo do crescimento", como "nunca antes na história deste país"...
O endividamento das famílias vem registrando alta desde o início da série histórica da autoridade monetária, em janeiro de 2005. Naquela época, estava em um patamar bem menor: 18,39%. Em fevereiro de 2007, atingiu a marca de 25% e, no início de 2008, superou a barreira dos 30%. A marca dos 40% foi registrada no começo de 2011.
Já o comprometimento mensal da renda das famílias com pagamento de empréstimos para instituições financeiras permaneceu praticamente estável em maio, com retração de míseros 0,13 pontos percentuais (21,44%, ante 21,57% de abril). Em 2005, este indicador estava em 15,61%, atingindo a barreira dos 20% - de onde nunca mais recuou - em junho de 2011.
É mais um sinal do esgotamento da política de promover-se o crescimento econômico apenas pela via da facilitação do crédito para o incremento do consumo, ao mesmo tempo em que o investimento público é reduzido.
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