A educação pública vai mal. Esse “consenso” se transformou na justificativa para que os mais diversos governos implantassem nos últimos anos políticas públicas privatistas, procurando subordinar a educação à lógica do mercado. Movimentos como o Todos pela educação dirigidos e financiados pelo grande capital transformaram-se nos principais interlocutores governamentais e ditaram os parâmetros das políticas mais recentes. Dentre elas, o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), hoje utilizado como medida da qualidade da educação brasileira, utilizado para destacar experiências bem sucedidas, mas principalmente para criticar e punir aqueles que não se adequam à padronização estabelecida ou não alcançam os resultados prédefinidos sem qualquer diálogo ou reflexão.
No estado do Rio de Janeiro, as presenças de Wilson Risolia e de Claudia Costin como secretários estadual e municipal são a prova de que estamos em meio a uma verdadeira campanha pela subordinação da educação à lógica do mercado. Economista de formação, Risolia não tem qualquer relação com a educação e assumiu a secretaria afirmando entender a educação como negócio. Costin é um quadro importante da Fundação Victor Civita e atuou como uma das principais artífices do projeto de privatização do governo FHC. Mas, eles são apenas os exemplos mais evidentes de políticas que se espalham pelos diversos municípios do nosso estado e que também estão presentes nas políticas estabelecidas para as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.
Diante deste quadro, consideramos imprescindível reconstruir coletivamente um projeto político para a educação pública de qualidade que atualize as nossas bandeiras de luta e apresente para o conjunto da sociedade a idéia de que uma outra educação é possível. Muitas entidades e intelectuais produzem reflexões e propostas que nos ajudam a pensar que este passo é importante na atual conjuntura. Ao longo últimos 30 anos tivemos experiências que precisam ser resgatadas e atualizadas num processo que acumule forças para as lutas que se apresentam ou para aquelas que certamente virão nos próximos anos. Enfrentá-las coletivamente é o único caminho possível e, para isso, precisamos refletir e produzir propostas e concepções que orientem nossas lutas.
Por isso, o Sepe convida a V. Sa (ou a entidade) para construir conosco esse projeto e firmar compromissos com uma pauta de lutas unificada em torno da idéia Escola não é fábrica, aluno não é mercadoria, Educação não é negócio! Nossa proposta inclui o lançamento do Fórum em Defesa da Educação Pública no Rio de Janeiro no dia 5 de novembro às 18:00 no ISERJ (Rua Mariz e Barros, 273 - Tijuca).
Rua Evaristo da Veiga, 7o/8o andares - Centro/Rio de Janeiro
Tel. 2195-0450 - www.seperj.org.br
Graciete, vi o quão perdido eu estou!!!!
ResponderExcluirNão há solução para educação pública?
Eu sei q nao podemos achar um "milagreiro" e que na vida nao existe o bem e o mal e que tudo tem seus pós e contras.
Mas o Todos pela educação tb está nessa de mercado? A Vitor Civita tb? Em quem podemos acreditar?
Os heróis não existem???? Estão em casa contando o vil metal?